Bernadete foi assassinada aos 72 anosReprodução
Equipes dos ministérios dos Direitos Humanos, da Igualdade Racial e da Justiça e Segurança Pública acompanham no local a situação da comunidade. Em nota, a pasta dos direitos humanos afirmou que a equipe deve se certificar que “todas as providências necessárias sejam tomadas”. O MJSP, em nota, disse que lamenta a morte de Maria Bernadete, "importante liderança religiosa e quilombola" e informa que representantes do ministério compõem a comitiva do governo federal que está na Bahia para apoio ao governo local.
O Ministério da Igualdade Racial informou, também em nota, que está em contato com as autoridades locais para que o caso seja apurado da melhor forma. “É preciso que as investigações sejam feitas com celeridade e com a máxima diligência, já que o assassinato de uma líder religiosa é uma violência contra todo um povo", afirmou o MIR.
A ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, falou à Agência Brasil que esse assassinato é inadmissível e que a pasta vai estar na Bahia para “ouvir a comunidade e auxiliar, junto aos órgãos competentes, a dar uma solução de um crime tão bárbaro”.
Maria Bernadete era mãe de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, mais conhecido como Binho do Quilombo, assassinado há quase seis anos, no dia 19 de setembro de 2017.
Levantamento da Rede de Observatórios de Segurança, realizado com apoio das secretarias de segurança pública estaduais e divulgado em junho deste ano, já apontava a Bahia como o segundo estado do Brasil com mais ocorrências de violência contra povos e comunidades tradicionais. Atrás apenas do Pará, a Bahia registrou 428 vítimas de violência no intervalo de 2017 a 2022.
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