Publicado 13/01/2024 10:56 | Atualizado 14/01/2024 13:15
Os corpos das vítimas da queda do helicóptero que foi encontrado em uma área de mata em Paraibuna, interior de São Paulo, foram retirados do local do acidente na manhã deste sábado, 13.
A aeronave e os corpos foram encontrados na sexta-feira, 12, após uma busca que já se estendia por 12 dias. O helicóptero, que saiu de São Paulo com destino a Ilhabela, desapareceu no dia 31 de dezembro e desde então era procurado pelas autoridades.
De acordo com o Major Cezar Augusto Silva, do Comando de Aviação da Polícia Militar, os corpos serão levados por via terrestre para uma fazenda próxima do local onde ocorreu a queda. Depois, devem ir até o Instituto Médico Legal (IML) de alguma das cidades da região, o que ainda não foi definido.
Em um primeiro momento, os Bombeiros planejavam retirar os corpos usando uma aeronave, porém, por conta do mau tempo na região, optaram pela retirada terrestre. A área onde o helicóptero foi encontrado é de difícil acesso.
A aeronave foi localizada pelo Águia 24 em uma área de mata na região de Paraibuna. Na imagem divulgada, é possível ver uma clareira entre a vegetação. Entre as árvores, podem ser vistos alguns destroços. Segundo a PM, foi necessária a ajuda de outra aeronave para acessar o local.
"Todos que estavam a bordo estão naquela região e estão mortos, infelizmente", disse o coronel Ronaldo Barreto, comandante da Aviação da Polícia Militar, durante coletiva de imprensa realizada ainda pela manhã.
"É (uma área) fechada, densa, úmida. Ela é quente durante o dia e fria à noite. E é muito difícil de se locomover dentro dela. Há ainda muitos animais e insetos", disse ao Estadão o tenente da Defesa Civil Estadual Ramatuel Diego Dantas Silvino sobre a região de Mata Atlântica.
A Força Aérea Brasileira (FAB) e a PM procuravam pela aeronave com foco na região da Serra do Mar. Após mais de 60 horas de voo por uma área de milhares de km² que cobriu as regiões de Paraibuna, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Serra do Mar de Caraguatatuba e São Luiz do Paraitinga, as autoridades mudaram a estratégia na última quinta-feira, 11.
Com base na triangulação do sinal de antenas de celulares, foi definida uma nova abordagem. Em vez de fazer voos mais rápidos, para cobrir uma área maior, as equipes passaram a fazer voos em velocidade e altura menores, em área delimitada, segundo a PM.
"Todos que estavam a bordo estão naquela região e estão mortos, infelizmente", disse o coronel Ronaldo Barreto, comandante da Aviação da Polícia Militar, durante coletiva de imprensa realizada ainda pela manhã.
"É (uma área) fechada, densa, úmida. Ela é quente durante o dia e fria à noite. E é muito difícil de se locomover dentro dela. Há ainda muitos animais e insetos", disse ao Estadão o tenente da Defesa Civil Estadual Ramatuel Diego Dantas Silvino sobre a região de Mata Atlântica.
A Força Aérea Brasileira (FAB) e a PM procuravam pela aeronave com foco na região da Serra do Mar. Após mais de 60 horas de voo por uma área de milhares de km² que cobriu as regiões de Paraibuna, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Serra do Mar de Caraguatatuba e São Luiz do Paraitinga, as autoridades mudaram a estratégia na última quinta-feira, 11.
Com base na triangulação do sinal de antenas de celulares, foi definida uma nova abordagem. Em vez de fazer voos mais rápidos, para cobrir uma área maior, as equipes passaram a fazer voos em velocidade e altura menores, em área delimitada, segundo a PM.
A hipótese principal é de que a aeronave estava tentando regressar para São Paulo quando a queda ocorreu. Mas os motivos do acidente ainda serão averiguados.
Quem estava no helicóptero?
Os corpos das vítimas estavam nos arredores da aeronave, que se destroçou com a queda, segundo a PM. Entre os passageiros da aeronave estavam Luciana Rodzewics, de 46 anos, e sua filha, Letícia Rodzewics Sakumoto, de 20 anos. Além delas, estavam no helicóptero o piloto (identificado como Cassiano Teodoro) e um amigo da família (Rafael Torres).
Raphael tinha 41 anos e era proprietário da empresa Comexpharma Assessoria, Comércio, Representação, Importação e Exportação de Medicamentos. O empresário era amigo do piloto do helicóptero e convidou as outras duas passageiras para o voo que iria para Ilhabela.
Luciana tinha 46 anos e era empresária e vendedora. Ela era amiga de Raphael havia cerca de 20 anos e foi convidada por ele para voar rumo ao litoral norte na véspera do Réveillon. Ela tinha uma loja de roupas femininas chamada Mund Girls.
Filha de Luciana, Letícia tinha 20 anos e era dona de um salão de manicure na Zona Norte de São Paulo. Antes, ela teve uma loja de peças e acessórios para celular.
Cassiano Tete Teodoro era o piloto da aeronave. Tinha 44 anos e teve a licença e as habilitações cassadas em setembro de 2021 pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) por "condutas infracionais graves à segurança da aviação civil". A Anac diz que ele chegou a recorrer, mas a decisão foi mantida.
Filha de Luciana, Letícia tinha 20 anos e era dona de um salão de manicure na Zona Norte de São Paulo. Antes, ela teve uma loja de peças e acessórios para celular.
Cassiano Tete Teodoro era o piloto da aeronave. Tinha 44 anos e teve a licença e as habilitações cassadas em setembro de 2021 pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) por "condutas infracionais graves à segurança da aviação civil". A Anac diz que ele chegou a recorrer, mas a decisão foi mantida.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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