Publicado 25/01/2024 09:55 | Atualizado 25/01/2024 09:57
O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) é um dos alvos da operação da Polícia Federal (PF) deflagrada na manhã desta quinta-feira, 25, que apura possível organização criminosa que teria se instalado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas. O parlamentar comandou a agência no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que o escolheu para ser o candidato do partido à prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições municipais deste ano.
A Operação Vigilância Aproximada investiga um grupo usava ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial. Além dele, outros sete policiais federais e três servidores da Abin são alvos da ação. As diligências de busca e apreensão ocorrem em Brasília (DF), Juiz de Fora (MG), São João Del Rei (MG) e Rio de Janeiro (RJ).
Ramagem é pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro pelo PL, tendo sido inclusive escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para disputar o pleito. Em novembro de 2023, o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, elogiou a indicação de Bolsonaro e afirmou que Ramagem é o candidato ideal.
Ramagem é pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro pelo PL, tendo sido inclusive escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para disputar o pleito. Em novembro de 2023, o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, elogiou a indicação de Bolsonaro e afirmou que Ramagem é o candidato ideal.
Homem de confiança do clã Bolsonaro, o parlamentar comandava a Abin durante o período em que o órgão teria espionado ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), jornalistas e adversários do ex-presidente entre 2019 e 2021.
Delegado da Polícia Federal desde 2005, Ramagem foi coordenador da segurança de Jair Bolsonaro em 2018 após o então candidato sofrer um atentado em Juiz de Fora. Foi nessa época que ganhou a confiança dos filhos de Bolsonaro.
Após a eleição, inicialmente, Ramagem foi escalado para um cargo de assessor especial no Palácio do Planalto até que, em julho de 2019, Bolsonaro o colocou no comando da Abin, que é subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), então chefiado pelo general Augusto Heleno.
Para chegar à chefia da Abin, Ramagem teve o apoio do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Aos fins de semana, ele costumava frequentar o Palácio do Alvorada levando informações estratégicas a Bolsonaro.
Menos de um ano depois, Bolsonaro decidiu que iria promovê-lo novamente e colocá-lo na chefia da Polícia Federal. Na época, chegou a dar declarações de que a PF deveria produzir informações para que ele tomasse decisões.
O desejo de colocar Ramagem na PF foi o estopim para o rompimento de Sergio Moro (União Brasil-PR), que era ministro da Justiça, do governo Bolsonaro. Para Moro, empossar Ramagem como diretor-geral seria aparelhar a Polícia Federal.
Moro deixou o governo e, no fim, foi Alexandre de Moraes quem bloqueou a ida de Ramagem para a PF. O ministro suspendeu a posse por ver ausência dos princípios da "impessoalidade, moralidade e interesse público".
No final de 2020, de acordo com uma reportagem da revista "Época", sob comando de Ramagem, a Abin preparou relatório para subsidiar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para se defender no caso das rachadinhas. Objetivo era pedir a anulação da investigação.
Com o apoio de Bolsonaro, Ramagem foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro com 59 mil votos. Ele é citado como uma das opções do ex-presidente para disputar a prefeitura do Rio.
No Congresso, Ramagem compõe a tropa de choque de Bolsonaro. O ex-chefe da Abin ficou responsável por produzir o relatório paralela da CPMI que investiga os atos golpistas do 8 de Janeiro. O documento pediu o indiciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Justiça, Flávio Dino.
Delegado da Polícia Federal desde 2005, Ramagem foi coordenador da segurança de Jair Bolsonaro em 2018 após o então candidato sofrer um atentado em Juiz de Fora. Foi nessa época que ganhou a confiança dos filhos de Bolsonaro.
Após a eleição, inicialmente, Ramagem foi escalado para um cargo de assessor especial no Palácio do Planalto até que, em julho de 2019, Bolsonaro o colocou no comando da Abin, que é subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), então chefiado pelo general Augusto Heleno.
Para chegar à chefia da Abin, Ramagem teve o apoio do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Aos fins de semana, ele costumava frequentar o Palácio do Alvorada levando informações estratégicas a Bolsonaro.
Menos de um ano depois, Bolsonaro decidiu que iria promovê-lo novamente e colocá-lo na chefia da Polícia Federal. Na época, chegou a dar declarações de que a PF deveria produzir informações para que ele tomasse decisões.
O desejo de colocar Ramagem na PF foi o estopim para o rompimento de Sergio Moro (União Brasil-PR), que era ministro da Justiça, do governo Bolsonaro. Para Moro, empossar Ramagem como diretor-geral seria aparelhar a Polícia Federal.
Moro deixou o governo e, no fim, foi Alexandre de Moraes quem bloqueou a ida de Ramagem para a PF. O ministro suspendeu a posse por ver ausência dos princípios da "impessoalidade, moralidade e interesse público".
No final de 2020, de acordo com uma reportagem da revista "Época", sob comando de Ramagem, a Abin preparou relatório para subsidiar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para se defender no caso das rachadinhas. Objetivo era pedir a anulação da investigação.
Com o apoio de Bolsonaro, Ramagem foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro com 59 mil votos. Ele é citado como uma das opções do ex-presidente para disputar a prefeitura do Rio.
No Congresso, Ramagem compõe a tropa de choque de Bolsonaro. O ex-chefe da Abin ficou responsável por produzir o relatório paralela da CPMI que investiga os atos golpistas do 8 de Janeiro. O documento pediu o indiciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Justiça, Flávio Dino.
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