47 serpentes foram apreendidas e encaminhadas a um Centro de Reabilitação para animais silvestres Reprodução / Instagram
Polícia apreende mais de 40 cobras com homem que venda animais pela internet
Serpentes foram encaminhados para um Centro de Reabilitação de Animais Silvestres
Um homem, de 44 anos, que criava e comercializava cobras exóticas pela internet, foi preso em flagrante pela Polícia Civil nesta segunda-feira, 1, em Salto, interior de São Paulo. A operação teve a colaboração do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) Núcleo da Floresta, de São Roque, também no interior.
Ao todo, 47 animais foram resgatados com o acusado, apontado como o principal fornecedor de serpentes ilegais na região. Entre elas, estavam exemplares de corn snake, cobra de leite, king snake e phyton ball, todas consideradas espécies exóticas.
De acordo com o boletim de ocorrência, a prisão aconteceu quando policiais tomaram conhecimento de uma venda que o suspeito realizaria. A partir de então, se posicionaram à paisana no que seria o local da entrega e fizeram a abordagem.
No momento do flagrante, um filhote de serpente estava no carro e seria entregue a uma mulher. Ela percebeu a movimentação policial e fugiu.
As serpentes apreendidas com o suspeito não são nativas do Brasil, algumas delas são encontradas em países como Estados Unidos, México e Indonésia. Segundo Rafael Mana, biólogo do centro para onde as cobras foram encaminhadas, as serpentes não têm registro de origem ou microchip que possam colaborar na identificação.
"Isso é um grande problema. Outra grande questão é que essas serpentes têm potencial de invasor na nossa fauna e pode criar impacto para espécies nativas", afirma.
Em vídeo divulgado pelo CRAS nas redes sociais, o acusado afirma que já chegou a ter cerca de 100 animais em casa, todas as cobras pertencentes a espécies que não têm veneno. A predileção por esses animais se dava em função do "medo de cobras peçonhentas" que o autor do crime afirmou ter.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) o caso foi registrado na Delegacia de Itu onde o homem foi preso e liberado em seguida após assinar um termo circunstanciado.
O Estadão não localizou a defesa do suspeito de vender os animais ilegalmente.
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