Ministro de Comunicação social, Paulo PimentaJoédson Alves/Agência Brasil

Ao comentar os estragos causados por temporais que atingem o Rio Grande do Sul, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, disse, nesta sexta-feira (3), que o estado vive sua maior catástrofe meteorológica. Os temporais nas cidades gaúchas já deixaram 37 mortos, 74 feridos e ao menos 74 pessoas desaparecidas.

Ele lembrou um enchente histórica registrada no Rio Grande do Sul em 1941 e cravou: "Nunca vi nada parecido. Conheço bastante o nosso estado. Já enfrentei várias situações delicadas, dramáticas. Mas posso assegurar a vocês que nunca houve uma enchente como essa. Quem é gaúcho sempre ouviu falar na famosa enchente de 1941, histórica. Essa enchente que estamos enfrentando vai ultrapassar e muito o que aconteceu no nosso estado em 1941", afirmou.


"Tivemos uma situação muito grave no estado em setembro do ano passado, mas, com certeza, esse fenômeno vai ultrapassar, em termos de gravidade – e muito. Continua chovendo. Há uma perspectiva de que essa chuva, em algumas regiões, permaneça até o próximo domingo. Neste momento, estamos com 141 pontos de rodovias interrompidas, entre rodovias estaduais e federais. Isso faz com que algumas cidades já estejam sem combustível. Máquinas da prefeitura que estavam trabalhando na limpeza e desobstrução não têm diesel. Há cidades com desabastecimento de água e alimentos. As ambulâncias não conseguem circular no estado e médicos plantonistas não conseguem chegar nas cidades," acentuou o ministro.

Ao participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Pimenta avaliou que todo o foco do governo federal, neste momento, está voltado para o resgate de vítimas das enchentes e inundações.

"Temos ainda centenas de pessoas ilhadas. Agora pela manhã, tão logo amanheceu o dia, deslocamos praticamente todo o efetivo de helicópteros que nós temos para a região do Vale do Taquari. Vamos trabalhar com algo em torno de oito a nove helicópteros durante todo o dia", revelou.

"Infelizmente, as condições climáticas dificultam muito o trabalho. Estamos falando daqueles helicópteros pesados, em que o salvamento é feito com o helicóptero no ar. As equipes têm que descer por corda, rapel, para buscar as pessoas que estão sobre telhados, em áreas alagadas, onde o helicóptero não pode pousar. Portanto, não é uma operação simples. Alguns desses helicópteros não têm capacidade de voar à noite. [Eles] precisam de visibilidade para isso, não pode estar chovendo, não pode ter neblina. Há regiões que têm rede de alta tensão e isso dificulta muito a operação por conta do risco de acidente", concluiu.
A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) também comentou sobre a tragédia no estado gaúcho. A Pré-candidata a prefeita de Porto Alegre afirma que o momento é de união em prol das vítimas das inundações.
"Não é hora de oposição, é hora de estarmos juntos trabalhando. É hora de unidade em defesa da nossa cidade e das pessoas que vivem nela", disse.
O Senador Paulo Paim (PT-RS) prestou solidariedade às vítimas: "Muito triste a situação do Rio Grande do Sul. A chuvarada rompeu estradas e pontes. (...) Há muitos feridos, desaparecidos e desabrigados. A dor é imensa. Minha solidariedade aos meus conterrâneos. Toda ajuda possível.
A presidente do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann destacou a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira, 2, ao estado. 
"Minha solidariedade ao povo do Rio Grande do Sul, severamente castigado pelas fortes chuvas que atingem a região desde o início da semana. O presidente @LulaOficial visitou o estado para amparar as vítimas e segue 100% comprometido em auxiliar as prefeituras e o governo estadual a remediar os danos causados à milhares de pessoas", escreveu.
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) publicou: "Que Deus proteja a todos nossos irmãos do Rio Grande do Sul que estão enfrentando uma das piores tragédias na história desse estado".
Doações
Diante da situação de calamidade pública enfrentada no Estado, o governo gaúcho reativou o canal de doações para a conta "SOS Rio Grande do Sul" para receber doações via Pix que serão revertidas a donativos para as vítimas.
O Governo do Rio Grande do Sul e a Defesa Civil divulgaram duas maneiras de receber as doações:
- Centro Logístico da Defesa Civil Estadual
- Endereço: avenida Joaquim Porto Villanova, 101, bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre
- Telefone: (51) 3210 4255
Pix para a conta SOS Rio Grande do Sul
- Chave - CNPJ: 92.958.800/0001-38
- Banco do Estado do Rio Grande do Sul
Atenção: quando realizar a operação, é necessário confirmar que o nome da conta que aparece é "SOS Rio Grande do Sul" e que o banco é o Banrisul.
A gestão e fiscalização dos recursos ficarão a cargo de um Comitê Gestor, presidido pela Secretaria da Casa Civil e composto por representantes de órgãos do governo e entidades sociais. Os recursos serão integralmente revertidos para o apoio humanitário às vítimas das enchentes e para a reconstrução da infraestrutura das cidades.
 *Com informações da Agência Brasil