Publicado 05/06/2024 09:21 | Atualizado 05/06/2024 09:22
Amazonas - O personal trainer Hatus Silveira se apresentou à Polícia Civil do Amazonas, nesta terça-feira (4), para prestar esclarecimentos sobre o caso Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido. Em depoimento, revelou que a empresária aplicou cetamina de surpresa nele durante uma visita à casa onde ela morava.
PublicidadeDjidja, de 32 anos, foi encontrada morta em sua casa, no dia 28 de maio, Manaus, capital do Amazonas. Dois dias depois, a mãe e o irmão da influenciadora foram presos suspeitos de associação para o tráfico e venda de drogas, além de estupro — no caso do irmão Ademar Cardoso.
O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a morte da ex-sinhazinha foi causada por um edema cerebral que afetou o funcionamento do coração e da respiração. No entanto, o documento não revela o que teria levado Djidja ao quadro. O resultado final da necrópsia e o exame toxicológico devem ficar prontos ainda este mês.
Segundo à polícia, ela, o irmão e a mãe já eram investigados há mais de um mês por envolvimento em uma seita "Pai, Mãe, Vida" que forçava o uso da droga para alcançar uma falsa plenitude espiritual.
À imprensa, o ex-personal trainer da família de Djidja disse que, em janeiro, foi convidado por eles para ir até a casa porque desejavam retomar a prática de exercícios físicos. Chegando na residência, o profissional afirma que Cleusimar Cardoso, mãe da ex-sinhazinha, ofereceu cetamina a ele, que negou.
"Nesse dia que eu fui lá, tinha sete pessoas sentadas na sala, com uma tv escrito 'Cartas de Cristo'. Quando passei por lá, a 'dona Cleu' falou 'você tem que usar isso, você tem que sair da Matrix'. Eu falei que conhecia esse tipo de droga e que não ia usar", relembrou Hatus.
Ele também contou que após a oferta, deixou a sala e foi para a cozinha, onde estavam Ademar Cardoso, irmão de Djidja, e a companheira dele, que estava visivelmente debilitada.
"Eu estava na cozinha conversando com o Ademar e a Djidja veio por trás e aplicou. Muito rápido. Eu falei 'Não faça isso'. Eu fiquei tonto por uns 15 minutos", disse.
No mesmo dia, a família ainda insistiu para treinar com o personal, que afirmou que eles não tinham condições de fazer os exercícios que ele passava devido aos efeitos do entorpecente. Após o episódio, ele disse que decidiu se afastar da família.
"Quando eu vi todo mundo naquela situação, não conseguiam treinar, não conseguiam nem fazer um agachamento. Eu falei 'tenho que me afastar disso aqui'. Está todo mundo drogado, já estão se prejudicando, eu vou embora daqui", contou.
"Quando eu vi todo mundo naquela situação, não conseguiam treinar, não conseguiam nem fazer um agachamento. Eu falei 'tenho que me afastar disso aqui'. Está todo mundo drogado, já estão se prejudicando, eu vou embora daqui", contou.
O profissional ainda negou que tenha apresentado a substância a família. Ele diz que fazia apenas uma espécie de acompanhamento em relação a treino e dieta com Djidja e seus familiares.
Na última segunda-feira, 3, Bruno Roberto da Silva Lima, ex namorado de Djidja Cardoso, prestou depoimento. Ele saiu sem falar com a imprensa. Ainda nesta semana, outras pessoas ligadas ao caso devem ser ouvidas.
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