Motorista do Porsche teria perseguido e atropelado o motociclistaReprodução / TV Globo
Publicado 29/07/2024 09:11
Um motociclista morreu após ser atropelado por um Porsche amarelo na madrugada desta segunda-feira (29), na Avenida Interlagos, Zona Sul de São Paulo. Testemunhas contaram que o incidente teria acontecido após uma discussão de trânsito provocada por um retrovisor danificado. 

Segundo relatos, o motorista do veículo de luxo teria perseguido o motociclista, identificado como Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21 anos, após, supostamente, ele atingir o retrovisor do automóvel. O jovem chegou a ser socorrido ao Hospital Geral do Grajaú, mas não resistiu aos ferimentos. 

O impacto do acidente fez com que o Porsche também colidisse contra um poste, o que levou à interdição da Avenida Interlagos nas primeiras horas da manhã para a realização de perícia.
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Segundo a Secretaria de Segurança Pública de SP, a ocorrência foi registrada no 11° DP (Santo Amaro). O condutor do Porsche foi identificado como Igor Ferreira Sauceda, de 27 anos. Ele passou pelo teste do bafômetro e não foi constatado consumo de bebida alcoólica. Ele foi preso em flagrante, e a audiência de custódia está marcada para esta terça-feira (30).
Inicialmente, a polícia havia informado que o caso seria investigado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e lesão corporal. Entretanto, posteriormente (SSP) afirmou que após colher depoimentos e analisar imagens de câmeras de segurança, o motorista foi autuado por homicídio doloso com dolo eventual por motivo fútil ou torpe.
Porsche azul matou motorista de aplicativo
No dia 31 de março, um outro acidente envolvendo um Porsche causou grande repercussão no país. O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, dirigia um veículo da mesma marca quando bateu contra um Renault Sandero e causou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos.
Fernando chegou a ser abordado por policiais militares que realizaram a ocorrência, mas foi liberado em seguida. Ele se apresentou na delegacia do Tatuapé, zona leste da capital, cerca de 40h após o acidente. Na época a advogada do empresário alegou que ele se encontrava em "estado de choque".
A Justiça negou três mandos de prisão contra o motorista mas no último dia 30 de abril ele foi indiciado por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima. Somente no dia 3 de maio a prisão preventiva foi decretada pelo Tribunal de Justiça do estado e Fernando chegou a ser considerado como foragido até se entregar, três dias depois, na 5ª seccional, no Tatuapé. 
O Ministério Público de São Paulo solicitou pagamento de pensão pelo empresário. O promotor Fernando Bolque defendeu que a Justiça conceda uma liminar obrigando Sastre a pagar três salários mínimos (R$ 4.236) mensais à família até que o processo seja encerrado.
Sastre negou ter bebido
Em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, o empresário disse que não ingeriu bebida alcoólica naquela noite. Ele disse ainda que não tinha noção da velocidade que trafegava na rua e pediu desculpas à família de Ornaldo da Silva Viana, vítima da colisão.
No entanto, a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar um suposto crime de fraude processual envolvendo familiares do empresário. Segundo a corporação, testemunhas relataram em audiência que familiares de Andrade Filho teriam retirado garrafas de dentro do Porsche antes da chegada da perícia. 
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