Ministro Alexandre de MoraesMarcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes encaminhará, na próxima segunda-feira (25), o relatório final do inquérito da tentativa de golpe ao gabinete da Procuradoria-Geral da República (PGR). A expectativa é de que a PGR apresente a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o general Walter Braga Netto, e outros 35 indiciados a partir de fevereiro de 2025.
Segundo fontes próximas ao ministro, ele não deve levantar o sigilo do relatório final elaborado pela Polícia Federal (PF). Moraes entende que manter o sigilo beneficia o "trabalho tranquilo" da equipe do procurador-geral Paulo Gonet. As informações são do portal "G1".

A orientação de Gonet, ao receber o relatório do STF, é clara: "Analisar tudo em conjunto, ver como tudo se encaixa. É preciso ver o filme todo, e não fotografias".
O procurador-geral já dispõe de extenso material dos inquéritos relacionados às vacinas e às joias do acervo presidencial. O inquérito do golpe reúne essas investigações, além de apurações sobre fake news, milícias digitais e conspirações golpistas antes e depois das eleições de 2022.

Segundo a visão de Gonet, este é o momento de avaliar como os inquéritos se interligam e se os indiciamentos feitos pela Polícia Federal são consistentes. Para isso, ele conta com uma equipe de técnicos experientes, que inclui integrantes da Assessoria Jurídica Criminal (AJCRIM) no STF e do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GECAA). Esse grupo possui um coordenador diretamente ligado ao gabinete do PGR e oito procuradores auxiliares. Uma eventual denúncia no caso do inquérito do golpe deve ficar para 2025.