Apoiadores o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) organizaram neste domingo, 3, uma série de atos pelo País em defesa do ex-presidente e críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Sob o mote "Reaja, Brasil", as manifestações aconteceram em várias partes do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Belém e no Distrito Federal.
Na capital fluminense, o governador Cláudio Castro (PL) e o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) participaram do ato em Copacabana, que ocupa dois quarteirões da avenida Atlântica. O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) também marcou presença.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), voltou a acusar Moraes de perseguição.
"O que tem acontecido no Brasil é fruto de toda perseguição de Alexandre de Moraes, que, para a vergonha brasileira, é uma autoridade sancionada pela maior democracia do mundo. As pessoas não podem fingir que o Brasil está em normalidade, porque não está. E quem está aqui hoje, em Copacabana, e quem está nas ruas de todo o Brasil está vindo nos ajudar. Esse é o momento de resgatar nossa liberdade e buscar a normalidade no Brasil", afirmou.
Além de muitas bandeiras e camisas do Brasil, também havia bandeiras dos Estados Unidos.
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Bolsonaristas avaliam que o momento é oportuno para a manifestação por causa da aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, o que, segundo eles, reforça a narrativa de que o ministro promove censura e perseguição política no Brasil.
A manifestação deste domingo na Paulista foi organizada pelo pastor Silas Malafaia. O ex-presidente não pode participar do ato por conta das medidas cautelares impostas pelo STF desde o dia 18 de julho, entre as quais um recolhimento domiciliar aos fins de semana.
Para compensar a ausência do ex-presidente nas ruas, familiares dele participam em diferentes cidades. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro(PL) está em Belém, reforçando os atos na região Norte.
Essa é a primeira manifestação pró-Bolsonaro após o anúncio de sanções dos Estados Unidos ao Brasil, estimuladas por um dos filhos do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O governo de Donald Trump alegou que Bolsonaro sofre uma "caça às bruxas" e impôs tarifas de 50% às importações brasileiras, além de sancionar o ministro Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky.
Queda de público
O comparecimento aos atos em favor do ex-presidente minguou à medida do avanço da investigação e da ação penal por tentativa de golpe de Estado, da qual é réu. A redução do público é superior a 90%. Em fevereiro de 2024, mais de 125 mil pessoas estiveram presentes na Avenida Paulista.
Em 29 de junho, um protesto no mesmo local reuniu 12,4 mil pessoas. Os dados são do Monitor do Debate Público do Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP).
Em 7 de julho, Donald Trump declarou que a ação penal por tentativa de golpe era uma "caça às bruxas" a Jair Bolsonaro. Em 9 de julho, o americano anunciou que taxaria importações brasileiras em 50%.
Em 18 de julho, Bolsonaro foi alvo de medidas cautelares por tentar criar "entraves econômicos" ao Brasil em uma tentativa de coagir o curso do processo em que é réu.
Em 29 de julho, o governo Trump impôs a Alexandre de Moraes sanções da Lei Magnitsky. No mesmo dia, oficializou o tarifaço, previsto para iniciar em 6 de agosto. Mais de 600 produtos ficaram de fora da tarifa adicional.
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