Publicado 22/07/2021 11:42 | Atualizado 22/07/2021 11:43
CAMPOS - Agentes das polícias Civil e Militar deflagraram, na manhã desta quinta-feira (22), a "Operação Simetria 2" com o objetivo de prender bandidos que fornecem drogas nos presídios do município em troca de vantagens foi realizada na manhã desta quinta-feira (22) em alguns bairros de Campos. Até o momento, dois policiais penais e duas mulheres foram presos.
De acordo com o delegado titular da 146ª Delegacia Policial de Guarus (146ª DP), Pedro Emílio Braga, os agentes penitenciários facilitavam a entrada de drogas por dinheiro no presídio Carlos Tinoco da Fonseca. Há mandados de prisão contra quatro mulheres, porém duas já foram presas e outras duas ainda são foragidas.
No total, há oito pessoas envolvidas, segundo o delegado Pedro Emílio Braga.
Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta manhã, o delegado destacou que a investigação concluiu que os policiais penais suspeitos estariam facilitando a entrada de drogas na unidade. Em troca, os acusados recebiam vantagem financeira dos detentos e usuários. Um deles foi preso hoje em sua residência, no Parque Santa Helena, em Guarus.
Pedro Emílio Braga explicou que as prisões efetuadas nesta quinta-feira (22) são um desdobramento de um auto de prisão em flagrante realizado no início de junho. Ficou constatada que os policiais penais facilitavam a entrada de drogas no presídio. Cerca de 20 quilos de drogas foram levados para dentro da Unidade Carlos Tinoco da Fonseca com a ajuda dos suspeitos.
“A partir daí, foi possível apurar a identificação de todos os envolvidos, sobretudo das quatro mulheres que recebiam um sinal telefônico emitido de dentro da prisão. Cabia a elas organizar a entrada das cargas de drogas para dentro da penitenciária. A partir da facilitação desses dois servidores, os policiais penais que agora se encontram presos. Essas cargas eram distribuídas por presos que atuavam na faxina da unidade, aos líderes de facções”, disse o delegado.
Ainda segundo o titular da 146ª DP, um dos servidores públicos que vistoriava a entrada de materiais no presídio recebia R$4 mil para deixar entrar a carga de drogas. “Muitas informações obtidas foram dadas por outros policiais penais que atuam na Secretaria Estadual de Administração Penitenciária. Eles forneceram imagens e dados que permitiram elucidar cabalmente a investigação. Todos responderão pelos crimes de tráfico e associação ao tráfico de drogas em presídio”, informou.
Durante o dia, diligências acontecem para cumprimento de dois mandados de prisão. Das quatro mulheres envolvidas nos crimes, duas foram presas nesta quinta-feira. Elas são moradoras dos bairros Novo Jóquei e Parque Santa Helena, além dos distritos de Tocos e Goytacazes.
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