Calçadão de CopacabanaAlexandre Macieira/Rio CVB
Por Thiago Gomide
Publicado 06/07/2021 13:54
Vindos da Bolívia, um grupo de comerciantes espanhóis trouxe uma estátua de uma Santa muito popular do país vizinho. Nossa Senhora de Copacabana é a padroeira e considerada a grande protetora dos bolivianos.
Católicos, os europeus resolveram construir uma pequena capela onde hoje nós encontramos o Forte de Copacabana. Foi nesse lugar e a partir desse instante, em pleno século XIX, que a região conhecida como Sacopenapã começou a dar espaço para o nascimento do bairro mais famoso do Brasil.
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Na certidão informal de batismo, Copacabana nasceu em 6 de julho de 1892, logo após o surgimento do túnel Velho.
No museu do Forte de Copacabana há uma área dedicada à Nossa Senhora de Copacabana, com uma réplica da Santa. A estátua original está na Basílica, que fica na Rua Hilário de Gouveia. A capelinha, que depois viraria uma Igreja, foi destruída em 1918.
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Forte de Copacabana
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O Forte foi inaugurado em 1914, reforçando militarmente as entradas do Rio de Janeiro.
Em 1922, esse espaço viveu dias tensos: sob o comando do capitão Euclides da Fonseca, filho do ex-presidente e marechal Hermes da Fonseca, um grupo de oficiais tomaram o Forte. Estavam revoltosos com a prisão de Hermes da Fonseca.
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No começo de julho daquele ano, após várias desistências, 18 militares e um civil resolveram ultrapassar os muros da fortaleza e tomar as ruas de Copacabana. O conflito foi intenso e, para contar a história, só ficaram dois: o brigadeiro Eduardo Gomes, que depois tentaria a presidência, e Siqueira Campos, que seria homenageado com nome de rua no mesmo bairro.
O “18 do Forte”, como ficou conhecido esse momento, repercutiu na política nacional, a ponto de reverberar no golpe de 1930 e a chegada de Getúlio Vargas ao poder.
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