Brasília - A Itapemirim, maior empresa de ônibus de viagens interestaduais do País, entrou em rotas judiciais que colocaram em colisão a família do fundador Camilo Cola e o novo presidente do grupo, Sidnei Piva de Jesus - que adquiriu a empresa a preço simbólico num processo de recuperação judicial. O caso já chegou à Polícia de São Paulo, que investiga manipulação de contratos, não cumprimento de cláusulas, retiradas de altos valores dos caixas, desvio de finalidades do acordo e falsidade ideológica por parte de Piva, denunciado pelos herdeiros de Cola, que pretendem retomar a empresa. Piva já indicou que pretende retomar a companhia aérea da marca (que atuou no transporte de cargas com Boeings). Já a família do fundador avisa que é balela.
Em nota à coluna, o Grupo Itapemirim informou que "reforça que seu plano de Recuperação Judicial segue em pleno vigor, com cumprimento fiel de todos os pagamentos dos credores concursais. Qualquer acusação contrária a esse fato foi, anteriormente, rechaçada em âmbito legal. Destaca-se aqui decisão do desembargador, datada de 13 de janeiro de 2021 e emitida pela 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial em Segunda instância, que confirma idoneidade da empresa ao concluir que não foi localizado qualquer descumprimento do plano. A companhia reforça, ainda, que não existem novos gestores no organograma do negócio, e Sidnei Piva de Jesus segue como único proprietário da empresa".
Derrapagem
Todos os novos administradores da Itapemirim estão na mira da Justiça e da Polícia, enquanto Piva processa os Cola por denunciação caluniosa.
Trabalhou quieto
O novo líder do PT na Câmara, o deputado federal Reginaldo Lopes (MG) pode ser desconhecido das vitrines na imprensa, mas bem reconhecido no PT e no Congresso com trânsito suprapartidario. É daqueles que viaja por até cinco cidades do Estado nos fins de semanas de carro, canoa ou monomotor, para visitar bases.
SP x Minas
Lopes está entre os federais mais votados de Minas Gerais há três eleições, e foi cotado pela então presidente Dilma Rousseff para ser ministro da Educação - mas rifado pela ala paulista do partido.