Jogo da Discórdia cumpriu seu papel e instaurou o caos na casa do BBB 21Reprodução / TV Globo
Por O Dia
Publicado 01/03/2021 05:00 | Atualizado 19/03/2021 11:33
Quem assiste ao Big Brother Brasil e vê uma transmissão impecável do reality na Globo nem imagina o que alguns dos prestadores de serviço que estão por trás das câmeras, aqueles que são os olhos da atração, passam diariamente nos bastidores do programa. Cinco operadores de câmera e um assistente de operações que atuavam no 'BBB' até o ano passado entraram na Justiça contra a TV Globo e a empresa LET, na qual eles eram contratados para prestarem os serviços para a emissora. O processo expõe, entre outras coisas, condições degradantes do ambiente trabalho, além de assédio moral sofrido por esses profissionais. A ação, que corre em segredo de Justiça, conta com imagens e testemunhos de outros profissionais diretamente envolvidos na produção do reality, que corroboram as acusações do grupo que move a ação. Por enquanto, a Globo e a empresa LET ainda não foram citadas no processo.
Publicidade
"Todos pedem indenização pelas condições degradantes do local de trabalho, em função das condições precárias do local destinado aos câmeras, o chamado Câmera Cross (corredor que fica em volta da casa por trás dos espelhos), que era muito sujo, sem lixeiras, com fios desencapados que davam choque quando chovia. Os autores também tinham suprimido o horário de almoço e ainda trabalhavam de pé por cerca de 9 horas seguidas. Além disso, os autores tinham frequentes contatos com animais, como ouriço, ratos, morcegos, gambás, aranhas, marimbondos e até cobra. Um dos autores já foi picado por uma aranha. Há ainda pedido de assédio moral referente ao tratamento destinado aos autores por um diretor da emissora, que os tratava com desrespeito e grosseria, com gritos e chegando a agarrar dois dos autores pelo casaco. Há ainda pedido de pagamento do intervalo suprimido e também equiparação salarial a outros câmeras que desempenhavam as mesmas atividades, mas recebiam salários superiores", explica o advogado da causa, Fábio Chiara Allam, com exclusividade à coluna.

Leia mais