Publicado 19/08/2021 05:00 | Atualizado 19/08/2021 12:59
Juliana Paes descobriu que foi vítima de um golpe e procurou as autoridades policiais de São Paulo. Após assinar um contrato com uma empresa chamada F2S Intermed de Negócios, e depositar R$ 500 mil, a atriz foi surpreendida com o homem que passava por dono, que desapareceu com quase meio milhão da artista. A atriz não chegou a tratar diretamente com o suposto golpista. Na ocasião do negócio, feito em maio de 2018, um consultor financeiro de sua confiança, que também foi vítima, foi quem teria intermediado.
A promessa era de que o dinheiro dos investidores seria usado para a compra de carros, que depois seriam revendidos, o que daria um retorno financeiro de 4% a 8%. Mas isso não acontecia. No mês de maio, o Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva de três homens, sendo um deles o dono da F2S, e de uma mulher, que seria sua esposa. Segundo o Ministério Público, ela recebia através de uma conta bancária pessoal, os altos valores que as vítimas depositavam na conta bancária da F2S. Foi constatado, depois que houve a quebra de sigilo bancário, que entre os meses de maio e julho de 2018 houve uma movimentação de quase R$ 6 milhões. A Justiça aceitou a denúncia, tornando todos os suspeitos réus no processo. Entretanto, o pedido de prisão foi rejeitado.
Ainda segundo a denúncia do Ministério Público, além de Juliana Paes, outro artista enganado foi Murilo Rosa. Neste caso, o ator perdeu R$ 460 mil. Luís Fabiano, também teria caído no golpe e perdido R$ 280 mil. Já o gestor da atriz teria perdido R$ 84 mil. Para o MP, "os denunciados se associaram com o fim de cometerem crimes de estelionato na modalidade de pirâmide financeira. De maneira previamente orquestrada e urdida para cometimento dos delitos de maneira profissionalizada, constituindo a empresa F2S, a qual falsamente oferecia um modelo de investimento, consistente na aquisição de automóveis seminovos e posterior revenda a lojistas, com rentabilidade entre 4% a 8%". Ainda, segundo a denúncia, "o golpe era aplicado na forma de pirâmide contra vítimas certas e determinadas". Juliana Paes, seu gestor patrimonial, Luís Fabiano, e Murilo Rosa estão sendo representados pelo mesmo escritório jurídico. Nenhum deles, até o momento, conseguiu reaver o dinheiro.
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