Publicado 11/07/2021 00:00
Algumas pessoas reclamam que a sua oração não é atendida por Deus, pelo menos assim parece, pois o que pedem não se realiza. Se a razão pela qual rezam é nobre, como por exemplo, a intercessão pela saúde de uma pessoa doente, o não cumprimento é desolador.
Todos nós já tivemos esta experiência de rezar pela cura de um amigo, de um parente, e depois eles morrerem, logo pensamos que Deus não nos atendeu. O Catecismo da Igreja Católica oferece um bom resumo da questão. Adverte-nos contra o risco de não termos uma experiência autêntica de fé, mas de transformarmos a nossa relação com Deus em algo mágico.
A oração não é uma varinha mágica: é um diálogo com o Senhor. De fato, quando rezamos, podemos cair no risco de não sermos nós a servir Deus, mas de pretender que Ele nos sirva. Então, estamos fazendo uma oração que é sempre exigente, que pretende orientar os acontecimentos de acordo com o nosso plano e que não permite qualquer outro projeto para além dos nossos desejos.
Jesus teve grande sabedoria de nos ensinar a oração do 'Pai-Nosso'. É uma oração unicamente de pedidos, como sabemos, mas os primeiros que pronunciamos são todos da parte de Deus. Pedimos que não seja realizado o nosso desejo, mas a sua vontade.
O apóstolo Paulo nos lembra que nem sequer sabemos o que é conveniente pedir. Pedimos pelas nossas necessidades, pelo que precisamos, pelas coisas que desejamos. Mas quando rezamos, devemos ser humildes. Devemos dizer sempre, antes da prece, que Deus me conceda aquilo que mais me convém: Ele sabe.
Na oração é Deus que deve nos converter, não nós que devemos converter Deus. Hoje, vamos pedir a graça de sermos mais humildes em nossa prece.
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