Pesquisadora Rachel Valença pede sensibilidade para o CarnavalDIVULGAÇÃO
Por Nuno Vasconcellos
Publicado 15/02/2021 05:00
A pandemia, como em praticamente todas as áreas, atropelou o Carnaval, a mais importante festa do calendário cultural do Rio de Janeiro. A impossibilidade de realização do desfile no sambódromo não pode ser motivo para se adiar decisões que possam ser tomadas imediatamente. Perguntamos a importantes personalidades que tornam a festa viável o que os políticos poderiam fazer rapidamente para que em 2022 tivéssemos êxito absoluto. O premiado coreógrafo Márcio Moura sugere "a efetiva elaboração de editais de fomento emergencial ao segmento'. Mas um edital com menos entraves burocráticos para que todos os profissionais (costureiras, aderecistas) possam ter acesso. Pois, para a realização de 2022, é fundamental auxiliar os profissionais agora. A longo prazo, transformar a subvenção ao Carnaval uma lei cultural, para que não fiquemos nas mãos de interesses pessoais de determinados gestores".

A IMPORTÂNCIA DO CARNAVAL
A respeitada pesquisadora Rachel Valença vai direto ao ponto. "Acho que falta aos políticos sensibilidade para entender o que significa o Carnaval para esta cidade e até para o estado. O Carnaval dá emprego, são milhares de pessoas profissionalmente envolvidas com a festa. O Carnaval movimenta o turismo e impacta a economia" (...) Não sou a favor de haver Carnaval nos moldes habituais, mas uma solução alternativa tinha que ser buscada, para não deixar as escolas de samba e seus trabalhadores à míngua. E os políticos se omitiram. Se alguns vereadores, como Reimont e Tarcísio Motta, tiveram essa preocupação, não conseguiram se fazer ouvir. Parece que há um gosto perverso de ignorar a força e a beleza da cultura popular, da cultura da negritude, daquilo que vem das ruas. Mas o Carnaval não vai morrer, as escolas de samba, blocos, afoxés, clóvis e tantos outros apaixonados são resistência. Em 2022, estarão de volta com o mesmo vigor e espero que com mais consciência na hora de escolher seus representantes", diz ela. 
Publicidade
Tristão de olho em Nelson Bornier
Carta Aberta ao Prefeito
Publicidade
Quem com ferro fere...
O deputado federal Rodrigo Maia foi autor da lei que pune com perda de mandato quem troca de partido. Hoje, ele é obrigado a recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral caso queira mesmo sair do DEM. 
Leia mais