Prefeito Dr. Serginho Reprodução
Em vídeo publicado nas redes sociais, o prefeito classificou as críticas como infundadas e disse que a decisão de viajar para Linhares partiu dos próprios acolhidos. “Qual seria a razão de encaminhar pessoas para uma cidade tão distante como Linhares? Que tipo de contato alguém aqui teria com empresários de lá para oferecer vagas de emprego? Essas pessoas foram por vontade própria. Todas assinaram autorização e pediram ajuda para chegar ao local”, afirmou.
De acordo com o prefeito, os 12 acolhidos estavam sendo assistidos na Casa de Passagem do município e, após conversas entre eles — inclusive com relatos de experiências anteriores na colheita do café no Espírito Santo —, manifestaram o desejo de buscar oportunidades de trabalho em Linhares. “Se houvesse qualquer intenção maliciosa, a prefeitura não fretaria um ônibus abertamente. Isso não tem cabimento. Fica a reflexão”, completou.
Casos específicos e uso da política pública
O prefeito reforçou que a ação está prevista dentro do que estabelece o SUAS (Sistema Único de Assistência Social), que permite o uso de recursos públicos para garantir passagens ou transporte a quem deseja retornar ao local de origem ou buscar trabalho em outro município. Ele ainda informou que, nos últimos três meses, 625 atendimentos foram realizados na Casa de Passagem de Cabo Frio, com 39 pessoas encaminhadas para o mercado de trabalho e 189 reconduzidas ao seu local de origem.
“Não vamos permitir o caos novamente”
Dr. Serginho finalizou afirmando compreender o incômodo gerado em Linhares, mas pontuou que todas as ações foram feitas com transparência e dentro da legalidade. “Se eu fosse o prefeito de Linhares, também ficaria chateado. Mas ele acolheu, como nós fizemos aqui. Essas pessoas são livres. Podem ficar, voltar ou seguir caminho. O papel do poder público é garantir dignidade, e foi isso que fizemos”, concluiu.
Caso segue sob apuração
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