Vereador Pedro DuarteDivulgação

O Brasil enfrenta desafios históricos na saúde pública. Faltam leitos, médicos, medicamentos e eficiência. Diante desse cenário, surge uma notícia revoltante: o governo Lula desperdiçou, do dinheiro do contribuinte, R$ 1,7 bilhão em vacinas que nunca foram aplicadas. Foram 58,7 milhões de doses descartadas, ultrapassando o total perdido durante os quatro anos no governo anterior. Não podemos e não devemos nos acostumar com esse tipo de descaso.
Sequer convence o argumento de “herança de estoques”, utilizado pelo atual Ministério da Saúde para tapar o sol com peneira. Afinal, são de responsabilidade do Governo Federal a logística de distribuição e, paralelo a isso, a articulação com estados e municípios. Além disso, a baixa adesão da população às campanhas de vacinação reflete a falta de comunicação eficiente para se atingir públicos prioritários, tais como crianças e idosos. Essa ausência de gestão estratégica custou dinheiro mas também a oportunidade de proteger milhões de brasileiros contra doenças graves.
Nesse cenário, 11 estados e o Distrito Federal enfrentam escassez, incluindo doses contra a Covid-19. O Estado do Rio não foi um deles desta vez. Mas não podemos nos enganar: trata-se de um problema recorrente, e não isolado. Em setembro, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) apontou que 65% das cidades brasileiras relataram ausência de vacinas, com alguns municípios enfrentando essa situação por mais de 90 dias ininterruptos.
Desde o início de sua gestão, Lula se comprometeu a resolver problemas logísticos e de abastecimento na saúde — problemas que ele mesmo atribuía ao governo anterior. No entanto, passados quase dois anos, o Ministério da Saúde repete os mesmos erros. As vacinas vencem em grandes volumes, enquanto postos de saúde pelo país sofrem com filas e escassez. Essa contradição não é apenas inaceitável; ela é um reflexo claro de má gestão.
A saúde pública exige organização, planejamento e responsabilidade. Quando o dinheiro do contribuinte é desperdiçado dessa forma, quem sofre é o cidadão, que precisa de serviços básicos de qualidade e não os encontra. É claro que a saúde pública não é um desafio exclusivo do governo federal, mas o que acontece lá em Brasília reflete diretamente nos municípios. O desperdício de bilhões em vacinas e medicamentos é dinheiro que poderia estar salvando vidas.
No Rio, enfrentamos esses e outros desafios. Os atrasos nos atendimentos e os hospitais sobrecarregados são os problemas mais comuns. Dificuldades que poderiam ser mitigadas com gestão eficiente, mas também com parcerias estratégicas entre o setor público e privado.
A população carioca — e brasileira — merece respeito. Merece governantes que priorizem a eficiência, o uso racional dos recursos públicos e a entrega de resultados reais. Desperdícios como os do governo Lula não podem continuar sendo tratados como “algo normal".
É fundamental que o Ministério da Saúde ajuste os estoques, a distribuição, alinhe as aquisições à real demanda da população. Agora, cabe a todos nós cobrarmos um futuro sem desperdícios e com mais responsabilidade. Afinal, cada vacina, cada medicamento e cada centavo público perdidos significam menos vidas salvas e mais sofrimento para a sociedade!