Grace Gianoukas, a Petúlia de 'Orgulho e Paixão', da Globo - Reprodução
Grace Gianoukas, a Petúlia de 'Orgulho e Paixão', da GloboReprodução
Por Gabriel Sobreira

Rio - Ela é uma governanta que faz o trabalho sujo para a antagonista Susana (Alessandra Negrini), em 'Orgulho e Paixão', da Globo. Mas esqueça o tipo clássico de serviçal submissa, porque Petúlia (Grace Gianoukas) é desaforada, recalcada, abusada, debochada e ainda se diverte usando os vestidos e joias da patroa quando ela não está em casa.

"A Petúlia se disfarça para obter informações. É muito divertido porque, para espionar, já me vesti de militar, médica, mendiga e até motorista. De motorista fiquei parecida com o Getúlio Vargas", brinca Grace, de 54 anos.

RAPAZES

O fato de a personagem não ter papas na língua não é a única razão que faz com que Petúlia tenha tudo para cair no gosto do público. "Ela tem um fraco por rapazes jovens. Não poder ver um 'gatinho' que já avança (risos). Alguns vão fugir dela e outros vão cair no encanto dela, que tem uma lábia (risos). Ela não tem limites, é um pouco iludida, joga para tudo que é lado, o que pegar pegou", diverte-se.

Mas de todos os rapazes do fictício vilarejo Vale do Café, um em especial faz os olhos de Petúlia brilharem intensamente. "O alvo preferencial dela é o Ernesto (Rodrigo Simas). Ela baba por ele", conta a atriz, que ficou conhecida na TV pela extravagante Teodora Abdala da novela 'Haja Coração', em 2016, na Globo. "Acho que ganhei um público mais pop, um grande público, estou tentando fazer da Petúlia algo bem diferente da Teodora, com outra pegada, mas engraçada, uma outra linha de comédia", explica Grace, muito festejada pelo projeto teatral 'Terça Insana'.

FORÇA FEMININA

Além de atriz, Grace é diretora, autora e produtora e comemora com orgulho o perfil de sua personagem e de Alessandra Negrini na trama das 18h da Globo. "São mulheres sozinhas em um mundo machista, no qual não ter homem ao lado te deixa vulnerável. E elas estão na sobrevivência, tentando conseguir alguma coisa. Isso é muito bacana. Ela trabalha para a vilã e vai se instalar junto com a Susana na casa da Julieta Bittencourt (Gabriela Duarte). São três mulheres, cada uma no seu nível e à sua maneira, tentando se impor no mundo machista", defende.

"Essa novela é uma grande homenagem às mulheres que fizeram história sem estar exatamente documentadas nos livros. Sabemos que a história foi contada por homens, mas tivemos muitas mulheres pioneiras e que não apareceram", completa.

Você pode gostar
Comentários