Orquestra Petrobras Sinfônica e a sua Academia Juvenil sobem ao palco do Theatro Municipal, juntas, pela primeira vezDivulgação

Rio - O próximo domingo (13) vai entrar para a história da Academia Juvenil da Orquestra Petrobras Sinfônica. Jovens alunos do projeto socioeducativo vão dividir o palco do Theatro Municipal do Rio com os experientes músicos da Orquestra Petrobras Sinfônica.
Sob a regência dos maestros Sammy Fuks e Tomaz Soares – flautista e violinista da Orquestra Petrobras Sinfônica, respectivamente, que também são professores da Academia Juvenil –, o repertório do Concerto de Integração traz um leque de composições que vai do clássico ao popular, com obras de Beethoven, Bizet, Brahms, Villa-Lobos e a dupla Sivuca e Glória Gadelha.
Para os jovens alunas e alunos da Academia será uma oportunidade única de dividir o palco e a estante de partitura com seus professores, com outros instrumentistas da Orquestra e com um elenco de convidados. “É um momento histórico para todos nós, fruto de muito trabalho e dedicação. É a primeira vez em que as duas orquestras apresentam juntas um repertório inteiro, com os jovens músicos lado a lado de seus mestres. A Orquestra Petrobras Sinfônica abraça sua Academia Juvenil”, celebra Beatriz Torres, produtora executiva do Projeto Educativo da Orquestra.
Para os dois maestros, será igualmente um momento de realização. “Esse encontro simboliza a iniciativa da Orquestra Petrobras Sinfônica em apoiar jovens músicos na busca de seus sonhos. É um concerto especial em que as alunas e os alunos vão se integrar a uma orquestra sinfônica profissional e vivenciar todos os passos da preparação para o espetáculo, os ensaios e a emoção do palco”, conta Sammy Fuks, regente da Academia Juvenil desde 2019.
Ao todo, 71 músicos participam do Concerto de Integração. Deste efetivo, 29 são alunos da Academia Juvenil e 27 são músicos da Orquestra Petrobras Sinfônica – 15 são professores. Além deles, haverá 15 músicos convidados, entre jovens universitários e concertistas egressos da própria Academia Juvenil.
O maestro Tomaz Soares considera que uma das alegrias de fazer parte da Academia Juvenil é conviver com um corpo discente diverso em origens e credos, de modo a trabalhar para trazer mais representatividade à cena. Entre os alunos da Academia, 60% são pretos e pardos, e 30% são mulheres. Esses números são bem diferentes do panorama nacional e impactam positivamente nos rumos do futuro da música de concerto.

“Trabalhamos para que, no presente e no futuro, as orquestras tenham cada vez mais artistas de diferentes origens ocupando os palcos e levando a música sinfônica para o grande público”, acredita Tomaz. “Ver meus alunos conquistando vagas profissionais em orquestras brasileiras e estrangeiras, serem professores de música e se desenvolverem em outros gêneros como o jazz e a house music, buscando sempre o pensamento crítico e a qualidade, me proporciona um sentimento de realização plena como professor”, completa Tomaz, que começou como professor da Academia em 2012, ano de sua fundação.

Coordenadora pedagógica da Academia Juvenil da Orquestra Petrobras Sinfônica, Monique Andries considera que o Concerto de Integração demonstra toda a potência do projeto socioeducativo.

“Para os jovens da academia, é uma oportunidade ímpar de compartilhar estantes de partitura com músicos que são suas referências e, para os músicos, é a possibilidade de verificar o crescimento técnico musical de seus alunos”, aponta Monique. “O público poderá verificar um trabalho sério, que vem sendo desenvolvido há 11 anos, se concretizando. A Academia Juvenil é um projeto que proporciona um percurso repleto de experiências, desafios e muita dedicação, que levará os alunos à plena profissionalização no universo da música. Por aqui, passaram mais de 150 alunos que hoje estão no mercado de trabalho. Os alunos são, em sua maioria, os primeiros de suas famílias a chegar à universidade. Isso nos orgulha muito”, comemora Monique.

Um dos destaques do repertório é “Feira de Mangaio”, da dupla Sivuca e Glória Gadelha, que ganhou arranjos sinfônicos da violinista Ágatha Lima. Aluna egressa da Academia Juvenil, a jovem entrou na terceira turma do projeto quando tinha apenas 14 anos. Atualmente, Ágatha estuda em Viena, na Áustria. “Escrever esse arranjo foi como dar continuidade a esse ciclo cheio de aprendizado, acolhimento, amizades e, principalmente, música feita com seriedade e comprometimento”, conta.
SERVIÇO
Teatro Municipal do Rio de Janeiro (Praça Floriano, S/N – Centro)

Data: 13 de agosto, 11h (domingo)

Ingressos: R$ 2 à venda na bilheteria do teatro

Bilheteria online: https://bit.ly/TMRJ13AGO

Duração: 60 min. Classificação etária: livre.