Evelyn Bastos, rainha de Bateria da Mangueira Gilvan de Souza / Agencia O Dia
Publicado 26/11/2024 09:19 | Atualizado 26/11/2024 09:21
Rio - Após Ana Paula Minerato ser desligada da Gaviões da Fiel, rainhas de bateria de escolas de samba do Rio de Janeiro se manifestaram nas redes sociais sobre o suposto áudio da influenciadora com ofensas raciais contra a cantora Ananda, integrante do grupo Melanina Carioca. Todas repudiram a atitude da ex-participante de "A Fazenda". 
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"Isso é pouco para ela. Que cada vez mais essas pessoas que só querem fazer parte da nossa festa para aparecer e ganhar fama estejam do lado de fora. Pra fora", declarou Mayara Lima, do Paraiso do Tuiuti. "Ana Paula Minerato e todas as outras que surfam na cultura afrobrasileira… que as portas do samba estejam sempre fechadas para vocês que detestam ver seus privilégios ameaçados (seja lá de que forma seja) pelas 'neguinhas'. Vocês são minúsculas!", afirmou Evelyn Bastos, da Mangueira, no X. 

Quitéria Chagas, do Império Serrano, também desabafou sobre o assunto. "Indignada com o ato de racismo que viralizou, ainda mais com a consciência racial que tenho e pela vivência. Não tive como me calar... É desgastante, tenebroso, repugnante ouvir o que foi ouvido e que está sendo expressado, viralizado nas redes sociais. Graças a Deus, tem escolas de samba que já disseram não a personalidades, porém, temos que ficar em alerta para que isso não se repita e para que as punições aconteçam. Espero que todas as ligas de escolas de samba não passem pano e que esta pessoa seja vetada. (Que ela) não tenha oportunidade de pisar no carnaval, porque é inadimissível".
 
 
 
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Já Bianca Monteiro, da Portela, comentou: "Antes de se inserir em uma cultura é essencial estudá-la para entender sua história, suas origens e quem são seus heróis. É importante também refletir se você realmente se identifica com essa cultura. Uma pessoa racista ou preconceituosa não vai se conectar com uma cultura que é, por essência, inclusiva e agregadora. Se realmente levássemos isso a sério, esses espaços seriam ocupados, em sua maioria, por pessoas negras, como nossos ancestrais, que criaram e preservaram toda essa história que hoje muitos utilizam para se promover. A pergunta é: 'Será que o samba é, de fato, um lugar para todos?'". 
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