Por tiago.frederico

Rio - É aceitável que as pessoas ainda duvidem de tudo que sai da boca de Andressa Urach, afinal, ela não tem papas na língua, mas isso não impede que as suas polêmicas histórias sejam consumidas vorazmente por curiosos. Prova disso é que sua biografia ‘Morri para Viver — Meu Submundo de Fama, Drogas e Prostituição’ (ed. Planeta, 288 págs., R$ 36,90) acaba de ser lançada com uma tiragem de 1 milhão de exemplares e já está esgotada em muitas livrarias. “A editora já teve que repor em diversos locais”, garante a vice-Miss Bumbum, que hoje tem um quadro como repórter no ‘Domingo Show’, da Record.

Suas revelações envolvem a perda da virgindade com o meio-irmão, orgasmo com um cachorro, envolvimento com bandido e seu período internada em coma num hospital. Mas tudo isso não passa de uma desculpa para ela contar o que realmente a fez mudar de vida: a fé. Agora convertida à religião evangélica, Andressa diz que tudo que escreveu e divulgou foi para obter o perdão, se dedicar ao filho Arthur, de 10 anos, e ajudar aos que passam pelas mesmas dificuldades.

Andressa posa durante lançamento de sua biografia%2C em São Paulo%2C e festeja o sucesso das vendas Divulgação

Seu livro mal foi lançado e já teve uma repercussão gigante. Mas muitas pessoas não acreditam nas histórias contadas porque você já inventou várias situações para se promover. Você afirma que nada ali é fruto da sua imaginação?
Tudo é 100% verdade. A mensagem está chegando nas pessoas e o retorno é gratificante. Uma pessoa que acredita na palavra de Deus não pode mentir. São assuntos polêmicos, entendo que as pessoas duvidem, eu também duvidaria de mim. Antes, queria esconder meu passado, fiquei louca quando me chamaram de garota de programa no reality ‘A Fazenda’, mas agora conto a verdade como uma forma de me perdoar.

Você era uma pessoa ambiciosa e má. Por quê?
Durante seis anos, fui muito ruim e paguei por isso. Quanto mais famosa, mais disputada eu era. Sentia prazer de sair com atores, jogadores, estragar casamentos como amante. Tive três overdoses, relacionamentos com bandidos, vi que a morte estava na minha frente. Depois, vi que é possível mudar, sim.

Você conta que gastou mais de R$ 1 milhão em tratamentos estéticos. O que sobrou do dinheiro que ganhou com a prostituição?
Cheguei no auge com o corpo perfeito, carro importado, cobertura no Rio. Mas nunca coloquei na ponta do lápis. Agora, baixei meu custo de vida. Troquei minha BMW que valia R$ 120 mil por um Fluence, de R$ 60 mil. Mas ainda tenho três apartamentos. Também deixei de jantar em restaurantes caros, com conta de R$ 500, para comer em casa com meu filho. E olha que eu mesma que cozinho.

Com a vida mais humilde, não dá vontade de voltar ao luxo? Como se sustenta?
Com a minha conversão (à religião evangélica), vi que quando você entra na coisa errada, não consegue sair. Me sujeitei a coisas nojentas porque ganhava mais por elas, eu focava e mentalizava: ‘Pensa no dinheiro, pensa no dinheiro’. Hoje, passo longe do que me fez mal, noitadas, álcool, drogas. Não virei santa, mas não vou mais me corromper. Sou contratada da Record e tenho uma coleção de roupas. Ganho metade do que faturava, não se compara ao que eu ganhava, mas vale a pena.

O sexo pautou a sua vida em vitórias e derrotas. Há quanto tempo você está sem fazer sexo?
Desde uma semana antes de eu ser internada no hospital. Em novembro, completo um ano sem sexo. Para mim, é uma desintoxicação. Não sinto falta e não quero me envolver com qualquer pessoa. Tem que ser um homem da mesma fé que eu. Quero me dedicar à minha saúde.

O abuso que você sofreu na infância deixou muitas marcas. Mas achei meio mal explicado no livro. Como, de fato, esse homem que você considerava um avô abusou de você?
Digo que perdi a virgindade com meu meio-irmão porque não considero o que aquele homem fez como perda da virgindade, mas foi com os abusos dele que houve a ruptura do hímen. Ele colocava os dedos na minha vagina, houve penetração com o pênis, sim. Mas essa violência toda me bloqueou.

Você é muito vaidosa. Acha que vai ficar com vergonha quando os homens virem suas cicatrizes?
Me sinto totalmente mais bonita com as cicatrizes. Olho para os buracos na minha perna e penso: ‘Que bom que aconteceu tudo isso.’ Agora, exalto meu sorriso, que acho lindo. Já me ofereceram para eu operar as cicatrizes, mas não quis. Chega disso!

Você disse que já pensou em se matar. Mas, de fato, você tentou alguma vez?
Já estava envolvida com drogas, quebrei copo na cara de meninas. Pensava em me matar, tomar remédios. Mas nunca fui às vias de fato. Fiz até seguro de vida porque sabia que de alguma forma eu ia morrer.

Uma história no livro ganhou destaque, em que você fala que teve orgasmo após um cachorro lamber suas partes íntimas. Mas você tinha 11 anos. Você já entendia o que era orgasmo?
Eu não sabia. Descobri o que era prazer com o cachorrinho. Porque eu tinha 11 anos, nunca tinha tocado naquela região, aí fui brincar com minha amiga que tinha a minha idade e ela me contou que colocava o cachorrinho pequenininho nas partes íntimas. Eu também quis fazer e senti prazer, porque o cachorrinho lambeu meu clitóris ali, e eu descobri o clitóris. Senti o prazer através daquilo. Aí acabei dormindo vários dias na casa da minha amiguinha, fazia questão de dormir lá (risos). A gente ri, mas é horrível. Que vergonha falar um troço desse.

Uma vez, você declarou que já ficou com o Cauã Reymond. Ele é o famoso que você não identifica no livro, que adora morder a cabeça das mulheres?
(silêncio)

Mas você já ficou com ele, né?
Não vou falar sobre isso.

Você também já fez sexo em grupo com jogadores. Você acha que eles são infiéis e adoram orgia?
Jogador tem a coisa da ostentação, do ego. A maioria é infiel. Eles vivem em ambientes com muita mulher, muita festa. Eu fazia o meu trabalho. Eles adoram orgia. A gente topa, mas eles nem dão conta. Eu transei com três homens ao mesmo tempo. Mas cheguei a fazer sexo com sete num mesmo dia. E transei com mais de mil no total.

Você pode gostar