Digão criticou a esquerda brasileira e o ex-presidente LulaReprodução/Podcast À Deriva
Publicado 02/08/2021 16:42
Rio - Sempre envolvido em polêmicas, o líder dos Raimundos, Digão, comentou sobre política e sobre a cultura do cancelamento. No podcast À Deriva, ele disse que apesar de o acusarem, ele nunca apoiou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas que não faz parte do "coro da galera 'ele não'". 

"Nunca apoiei Bolsonaro, velho. Nunca falei: ‘ah, eu sou Bolsonaro’. Meu problema com a esquerda vem muito antes de existir Bolsonaro. Fui saber do Bolsonaro quando estava para ganhar as eleições. Meu problema vem da época do ‘Lula-lá’", disse, em referência às primeiras campanhas de Lula para a presidência. 
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"É porque eu não faço esse coro da galera ‘ele não’. Porque a galera quer de volta a esquerda. Quer o Lula de volta. E eu não gosto, nunca gostei, sempre achei uma grande farsa. Acabou", disse. 
Digão também disse que o rock não é de esquerda, é contra o sistema. "Se é para ser contra algo, é ser contra o sistema. Temos que cobrar todo mundo, o Bolsonaro, a esquerda que quer entrar aí. Uma coisa que está f*dendo o rock é essa desunião, o rock está enfraquecido por isso", comentou. 
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"O Rock é pra não ter rótulo ali e você está me rotulando? Eu tenho que andar com a camisa do Che Guevara, ser isso, ser aquilo… está errado. Qual país socialista tem banda de Punk Rock? Não tem, velho. Os caras lá são amordaçados. É sempre querer aquilo que não existe. É uma fantasia", disse. 
O líder do Raimundos também fez críticas ao Funk. Ele disse que o estilo faz algo que faz a banda parecer 'mirim'. "Por que o Funk está tão em voga? Porque eles tão cagando e andando. O Raimundos é mirim perto do Funk [risos]. O Raimundos é tipo: ‘entrei no trem, esporrei na manivela, cobrador filho da p*ta’. É meio que um filme do Rambo", disse. 
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"É bom pra cara***, adoro ver Rambo, mas eu jamais faria aquilo, jamais pegaria uma arma e sairia metralhando como ele. É entretenimento, velho. É uma coisa pra você ver e não fazer. Raimundos é assim. Aquelas m*rdas que falamos são para você não fazer. Já no Funk, eles fazem aquilo mesmo", disse.
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