Danilo Gentilli e Fábio Porchat são acusados de pedofilia por conta de filme de 2017Reprodução
Publicado 15/03/2022 14:04
Rio - A polêmica envolvendo o filme "Como se tornar o pior aluno da escola" (2017) ganhou mais um capítulo nesta terça-feira. O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou a suspensão da disponibilização, exibição e oferta do longa. Caso as plataformas não cumpram a determinação em cinco dias, será aplicada multa diária no valor de R$ 50 mil.
Através do Twitter, o Ministro da Justiça Anderson Torres compartilhou um trecho do despacho, publicado no Diário Oficial da União, nesta terça-feira, e escreveu: "O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor, determinou cautelarmente que as plataformas que possuem o filme “Como se tornar o pior aluno da escola” em seu portfólio suspendam sua exibição imediatamente. O não cumprimento resulta em multa diária de R$ 50 mil". 
As plataformas que o documento cita são: Netflix, Telecine, Globoplay, YouTube, Apple e Amazon. A decisão foi tomada "tendo em vista a necessária proteção à criança e ao adolescente consumerista". 
Entenda o caso
Nesta segunda-feira, Fábio Porchat e Danilo Gentili se tornaram alvos de acusações de pedofilia nas redes sociais por causa do filme "Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola", lançado em 2017. Em uma das cenas do filme, o personagem de Porchat pede para ser masturbado por um adolescente. Cinco anos após seu lançamento, o longa se tornou alvo de críticas de políticos aliados ao bolsonarismo ao ser disponibilizado na Netflix.
A deputada Carla Zambelli, aliada ao presidente Jair Bolsonaro, afirmou que tomará medidas contra o filme. "O repugnante filme Como se Tornar o Pior Aluno da Escola naturaliza a pedofilia a fim de normalizá-la. Já informei ao Ministério da Família ao qual oficiarei, assim como denunciarei ao MP e solicitarei informações ao CNMP acerca dos procedimentos em curso", disse no Twitter.
Danilo Gentili usou a mesma rede social para rebater as críticas de forma irônica. "O maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista. Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento: veio forte contra mim dos dois lados. Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu. Sigo rindo", escreveu.
Já Fábio Porchat se manifestou através de uma nota enviada ao Dia. "Como funciona um filme de ficção? Alguém escreve um roteiro e pessoas são contratadas para atuarem nesse filme. Geralmente o filme tem o mocinho e o vilão. O vilão é um personagem mau. Que faz coisas horríveis. O vilão pode ser um nazista, um racista, um pedófilo, um agressor, pode matar e torturar pessoas...", começou Porchat. 
"O Marlon Brando interpretou o papel de um mafioso italiano que mandava assassinar pessoas. A Renata Sorrah roubou uma criança da maternidade e empurrava pessoas da escada. A Regiane Alves maltratava idosos. Mas era tudo mentira, tá, gente? Essas pessoas na vida real não são assim", destacou o ator. 
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