Rita Lee faleceu aos 75 anos e deixou um legado na música brasileira GABRIELA BILO

Rio - A cantora Rita Lee, eterna estrela do rock brasileiro, faleceu na madrugada da última segunda (08), em São Paulo. Mas não foram só seus sucessos musicais que a cantora nos deixou depois de quase 60 anos de carreira, parte do seu legado como artista também faz parte da causa animal.
Rita Lee foi uma das pioneiras na luta pelos direitos dos animais no Brasil. Afastada dos palcos desde 2012 por problemas de saúde, a cantora adotou o veganismo e dedicou seus últimos anos aos seus amados bichos. A paulistana chegou a sonhar em ser veterinária, e já afirmou que se identificava como ativista antes de se reconhecer como roqueira. 
Em 1997 lançou o álbum 'Santa Rita de Sampa', onde se autodenominou "protetora dos animais abatidos". Ela fez questão de incluir homenagens aos animais em várias de suas letras. Foram músicas como 'Xuxuzinho', 'Galo-Galã' e 'Panis et Circenses', que consagraram o verdadeiro zoológico musical de suas composições. Em 'Odeio Rodeio', por exemplo, ela escreveu: "Me fere a alma/ Me corta o coração/ Se é luxo ou é lixo/ Quem sabe é o bicho/ Que sofre o esporão”.
Além de ter tido diversos pets durante sua vida e apoiar campanhas de adoção, a cantora também escreveu livros sobre a causa animal. Em 2019 publicou 'Amiga Ursa', que conta a história de uma ursa resgatada do tráfico de animais, e dois anos depois, lançou o livro 'Dr. Alex', inspirado em um rato de laboratório.