Beyoncé faz homenagem par Tina Turner em seu site oficial: ’Minha rainha, te amo infinitamente’Reprodução

Rio - A cantora Beyoncé fez uma homenagem para Tina Turner em seu site oficial. Ícone da música, Tina Turner morreu aos 83 anos, em casa, na Suíça, nesta quarta-feira. A artista era uma inspiração para Beyoncé e as duas dividiram os palcos no Grammy, em 2008, quando fizeram uma performance especial de "Proud Mary", um dos grandes hits de Tina. 
"Minha amada rainha, eu te amo infinitamente. Agradeço por sua inspiração e por todas as formas como trilhou o caminho. Você é força e resiliência. É a epítome do poder e da paixão. Somos todos sortudos por ter testemunhado sua bondade e seu espírito gentil, que ficará para sempre. Obrigada por tudo o que fez", disse Beyoncé em seu site oficial. 
Tina Turner ganhou oito Grammys ao longo da carreira e vendeu mais de 100 milhões de discos no mundo todo. Ela é uma das artistas que mais faturou com a venda de álbuns em todos os tempos.
Trajetória
Anna Mae Bullock nasceu nos Estados Unidos em 1939. Quando criança, cantou no coral da igreja. Após ser abandonada pelos pais, aos 15 anos, Tina cantava na boate que sua irmã era garçonete para se sustentar. Em 1957, conheceu Ike Turner com a banda The Kings of Rhyth e logo se tornou uma das artistas principais.

Dois anos depois, Ike e Tina formaram uma dupla e lançaram o primeiro single juntos "Fool in Love". A parceria dos dois não se limitou ao trabalho e eles se casaram em 1962. Fizeram muito sucesso nos anos 60 e 70, mas enfrentaram problemas na relação.

Ilke era usuário de drogas, alcoólatra e culpava Tina pelo declínio da dupla. Ele também a traiu e agrediu por várias vezes. Após 18 anos de união, a cantora decidiu se separar e, para manter seu sobrenome, abriu mão de seu patrimônio.

Com um novo estilo, a artista apostou no rock e lançou, em 1984, o álbum "Private dancer". Aos 45 anos, ela alcançou o sucesso, mais uma vez, com a música "What's Love Got to Do With It".

Dois anos depois, Tina lançou o álbum "Break Every Rule" (1986). Com ele, a cantora fez a maior turnê de sua carreira e entrou para o livro dos recordes ao reunir 184 mil pessoas no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, no Brasil, em uma única apresentação.
Em 1989, a artista brilhou com o trabalho "Foreign Affair", que tinha a música "The best". A canção conquistou alguns atletas. Ela, inclusive, cantou o hit para o piloto brasileiro Ayrton Senna em um show após o Grande Prêmio da Austrália.

Em 1991, Tina passou a fazer parte do Rock and Roll Hall of Fame, museu nos Estados Unidos, dedicado a registrar a história de artistas que tiveram grande impacto na indústria do rock e do pop.

O álbum seguinte foi "Wildest Dreams" (1996). Três anos depois, Tina lançou "Twenty Four Seven", com as músicas "Whatever You Need" e "When the Heartache Is Over", e anunciou a aposentadoria dos palcos. A cantora atraiu milhares de fãs aos shows. Em 2004, a artista fez uma coletânea de seus maiores sucessos, "All the Best", que vendeu mais de um milhão de cópias nos Estados Unidos.

Em 2008, Tina fez uma apresentação história na cerimônia do Grammy Awards cantando ao lado da cantora Beyoncé. Em 2013, Turner se torna a pessoa mais velha a pousar na capa da revista Vogue.

Além da música, Tina Turner também brilhou nas telonas. Ela estreou no cinema no filme 'Tommy' (1975). Em 1985, ela arrasou no longa "Mad Max – Além da cúpula do trovão" e ainda gravou a trilha sonora do filme. A artista também participou de "O último grande herói" (1993) e "Tina" (1993), uma cinebiografia, estrelada por Angela Bassett e Laurence Fishburne.

Tina também lançou a biografia "Eu, Tina: a história da minha vida’, abordando sua trajetória profissional e pessoal, em 1986.