Em Rita Lee: Outra autobiografia, cantora fala sobre sua luta contra o câncerReprodução Internet
Publicado 26/05/2023 13:03 | Atualizado 26/05/2023 13:50
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Rio - A cantora Rita Lee, que morreu aos 75 anos no dia 8 deste mês, comentou o desejo que tinha em relação ao destino de suas cinzas em um trecho de "Rita Lee: Outra Biografia", lançada na última segunda-feira. A obra aborda a luta da Rainha do rock brasileiro contra o câncer no pulmão, diagnosticado em 2021.
"Tenho certa implicância com cemitérios. Lá, até há monumentos bonitos e rola uma paz em meio aos monólitos de cimento e anjos de mármore em respeito aos mortos. Mas acho que túmulos ocupam o lugar de pessoas vivas, e que cemitérios poderiam virar parques e praças, quem sabe até moradias”, disse a artista na obra. 
A mulher de Roberto de Carvalho ainda falou sobre o desejo de ter suas cinzas jogadas por seus familiares em um local específico de sua casa. "Por isso quero ser cremada e ter as cinzas jogadas na minha horta caseira sem agrotóxicos para me transformar numa alface suculenta", afirma a artista, que revela, em seguida, sua real vontade. "A verdade é que eu queria mesmo é ser abduzida por um disco voador e
sumir sem maiores explicações".
Rita Lee faleceu aos 75 anos, no dia 8 deste mês, em São Paulo, vítima de câncer. O velório da artista aconteceu no planetário do Parque Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, no dia 10. Amigos e familiares da cantora estiveram no local. Em seguida, o corpo dela foi cremado em cerimônia restrita. 
Eutanásia 
No livro,  Rita Lee também revelou que cogitou eutanásia - processo de acelerar a morte de uma pessoa para aliviar o sofrimento causado por uma doença incurável ou dolorosa - após ser diagnosticada com um câncer. "Disse a ele (médico) que minha vida tinha sido maravilhosa e, que por mim tomava o ‘chazinho da meia-noite’ para ir desta para melhor. Que me deixassem fazer uma passagem digna, sem dor, rápida e consciente; queria estar atenta para logo recomeçar meu caminho em outra dimensão. Sou totalmente favorável à eutanásia. Morrer com dignidade é preciso", diz um trecho da biografia. 
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