Rita Lee fala sobre cReprodução Internet

Rio - A cantora Rita Lee, que morreu aos 75 anos no dia 8 deste mês, revelou em um trecho de "Rita Lee: Outra Biografia", lançada nesta segunda-feira, que cogitou eutanásia - processo de acelerar a morte de uma pessoa para aliviar o sofrimento causado por uma doença incurável ou dolorosa - após ser diagnosticada com um câncer no pulmão em 2021. Na obra, a Rainha do rock brasileiro narra sua luta contra a doença e diz que gostaria de fazer uma 'passagem digna' e 'sem dor'. 


"Disse a ele (médico) que minha vida tinha sido maravilhosa e, que por mim tomava o ‘chazinho da meia-noite’ para ir desta para melhor. Que me deixassem fazer uma passagem digna, sem dor, rápida e consciente; queria estar atenta para logo recomeçar meu caminho em outra dimensão. Sou totalmente favorável à eutanásia. Morrer com dignidade é preciso", diz um trecho da obra, segundo à "Veja". 
Em entrevista recente ao "Fantástico", o viúvo de Rita, Roberto de Carvalho, recordou os últimos momentos da cantora. "Ela foi perdendo a capacidade de andar, de pensar. Entretanto, os momentos finais dela foram de leveza, de doçura. Estávamos todos com ela. A gente montou um quarto de hospital, na última fase, na cama, ela parecia uma criancinha, um passarinho. A respiração dela foi parando... foi em paz, foi em paz".
Nova geração da música
Na biografia, Rita também cita a nova geração de artistas e as homenagens que recebeu de Manu Gavassi, Liniker, Luísa Sonza e da dupla AnaVitória. "Percebo uma curiosidade da meninada da nova geração de artistas por minha figura. Dia desses recebi homenagens de Manu, Luísa, Liniker, Ana, Vitória... Recebo também recadinhos e torpedos, principalmente das meninas. Elas mandam amor e pedem até conselhos", escreveu a cantora.
Emocionada, Manu Gavassi comentou a menção feita pela veterana através das redes sociais. "Estou muito honrada de ter meu nome nesse livro, muito honrada de te cantar e te admirar. Viva Rita! Viva a arte e a coragem", disse. Através dos comentários, Luísa se manifestou: "Não tenho palavra alguma, amiga. Que sorte a nossa".