Gilberto GilReprodução/Instagram

Rio - Gilberto Gil abriu o coração e contou como tem lidado com o tratamento da filha, Preta Gil, contra um câncer no intestino, diagnosticado no início deste ano. O cantor de 80 anos admite se sentir aflito devido a gravidade da doença e ressalta que tem dado muito suporte emocional a cantora.
"É uma aflição ver uma menina, uma filha que nem tem 50 anos, sofrendo de uma doença apavorante. Falo com a Preta o tempo todo, com os médicos, e leio a respeito. Ela vive cercada pela família e estamos reunindo forças e propósitos para lhe dar o melhor tratamento, renovar sua disposição e sua positividade espiritual. Juntamente a isso, temos de lidar com a ameaça da morte. Tenho dito palavras de resignação em relação àquilo que é inevitável, ao mesmo tempo que buscamos condições para a cura", disse o artista, em entrevista à 'Veja'. 
À publicação, Gil também falou sobre sua sexualidade. Ele revelou que já se relacionou com pessoas do mesmo sexo. "Sim, e isso não afeta meu modo de ver o assunto na minha vida. Essas questões de amor, amizade, respeito foram possíveis em momentos em que a sexualidade era uma coisa mais vibrante em mim. Como disse, houve épocas em que ela se aproximou de outros, mas nunca na mesma forma como de outras. Para mim, jamais foram coisas iguais". 
O cantor esclarece que não sente tanta atração por homens, apesar de ter se relacionado com alguns. "Atraído como tenho sido pelas mulheres, nunca. Nunca tive tesão num homem, como se diz. No entanto, por razões de delicadeza natural, educação, finura do trato, já tive proximidade com a sexualidade de outro, de outros". 
Uso de drogas
Durante a entrevista, Gilberto comentou suas experiências com drogas ilícitas. "Nunca gostei de cocaína. Durante o exílio em Londres, no pós-tropicalismo, tomei ácidos. Experimentei tudo que uma viagem lisérgica propicia — o surreal, o surrealismo e o cubismo. Esses experimentos me interessavam na época e se refletiam na atitude musical. Também era um elemento que ajudava na adaptação à vida fora e à atmosfera londrina. Caetano sempre foi “Caretano”, nunca se interessou por essas viagens. Já Rita Lee era parecida comigo, apreciava essas experiências".