CleoReprodução/Instagram

Rio - Cleo, de 40 anos, usou as redes sociais, neste sábado, para comentar a pressão estética provocada pela fama. No Instagram, a artista, que atua desde criança, reforçou que ama o próprio trabalho e admitiu que ser vista como sex symbol pode fazer bem para o ego, mas também prejudica a saúde mental.
"Eu sei que para o público geral, tudo parece flores. Você está na TV, e as pessoas veem os famosos com olhar de adoração. Então, isso é bom para o ego de uma certa forma, mas a pressão para ser perfeita, manter a aparência certa, jovem, atraente... isso é real, e pode acabar com a nossa saúde mental", iniciou a morena em um vídeo.
Em seguida, Cleo relembrou alguns trabalhos do início de sua trajetória artística, como o filme "Benjamin", de 2003 e a novela "América", de 2005, onde dava vida à Lurdinha. Após participar da trama de Glória Perez, a atriz afirma que tornou-se ainda mais famosa. 

"Era uma personagem maravilhosa, mas que carregava uma carga sexualizada grande. Então, não tem como não dizer que ela não solidificou a forma com que as pessoas passaram a me enxergar. Até então, eu estava tranquila com isso porque é divertido ser vista desse jeito também, mas não só desse jeito. Quando eu percebi o que isso significava para a minha imagem e para mim, já era tarde demais", lamentou.
A artista alegou que a indústria audiovisual deixou de saber em qual papel encaixá-la depois do sucesso com a personagem de "América". "Eu percebi que depois dos 35, 37, os diretores e as produções já não sabiam mais o que fazer comigo. O mercado do audiovisual funciona muito como um mercado normal, onde as produções são os produtos dispostos nas prateleiras, e é como se eles não soubessem mais em que prateleira me colocar depois dos meus 35 anos", explicou.
Por fim, Cleo contou que precisou se reinventar, produzindo os próprios trabalhos, para desvincular sua imagem da estética. "Se eu realmente quisesse continuar atuando em papéis que me desafiassem e fossem relevantes para mim, eu teria que correr atrás de outras formas. E foi o que eu fiz. Passei a fazer disso um objetivo, produzir audiovisual pensando em gerar oportunidade para mim, óbvio, claro, mas também para outras mulheres que estão sendo postas de lado nas prateleiras tão cedo", concluiu.
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