Publicado 09/10/2023 15:11 | Atualizado 13/10/2023 16:56
Rio - O festival de música eletrônica SUPERNOVA Universo Paralello Edition, um dos alvos dos ataques do grupo extremista Hamas, no sábado, 7, na região Sul de Israel, é bastante conhecido no Brasil. Só no espaço onde acontecia a rave foram encontrados cerca de 260 mortos, fora um número alto de desaparecidos, incluindo dois brasileiros que estavam no evento.
Criada por Juarez Petrillo, o DJ Swarup, pai dos DJs Alok e Bhaskar, nos anos 2000, a festa rave começou na na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, e depois foi transferida para a Bahia, e acontece durante vários dias na virada do ano na praia de Pratigi, de Ituberá.
A página oficial do Universo Paralello no Instagram já divulga a data do próximo festival no Brasil: de 27 Dez 2023 a 3 Jan 2024 em Ituberá com ingressos a partir de R$ 1300.
A rede social do festival divulgou um comunicado explicando que a edição de Israel teve o nome licenciado pela produtora israelense Tribe of Nova, como já aconteceu em outros países e apenas teve o pai de Alok como uma das atrações.
A rede social do festival divulgou um comunicado explicando que a edição de Israel teve o nome licenciado pela produtora israelense Tribe of Nova, como já aconteceu em outros países e apenas teve o pai de Alok como uma das atrações.
"O time Universo Paralello, consternado, chocado e indignado pelo ataque às vidas inocentes, esclarece algumas informações referente ao vínculo do Festival com o evento @tribe_of_nova Universo Paralello Edition, que aconteceu na região. O ataque não foi somente na região do evento, mas orquestrado simultaneamente em todo o país com mais de 2 mil mísseis. Mais uma vez, estamos consternados, chocados e assustados com tudo que aconteceu e deixamos explicitamente a nossa revolta e nossos sentimentos às vítimas desse ataque perverso", diz um trecho do comunicado.
Na postagem, ele ainda esclarece que o Universo Paralello sempre licenciou sua marca para eventos fora do Brasil "onde um produtor é responsável pela organização e contratação de artistas vinculados, como aconteceu no caso do Swarup. A marca foi licenciada e o DJ contratado pela produção israelense da 'Tribe of Nova'".
Segundo a nota, o licenciamento aconteceu da mesma forma na India, Argentina, Espanha, Portugal, Tailândia, México e França.
Uma seguidora criticou o local escolhido para a festa: "Só queria entender porque vocês inventam de fazer um festival numa Faixa de Gaza? Na boa, Israel sempre esteve em guerra. Mas é doideira demais também ir pra um festival onde 99,99% de chance da bala comer!", escreveu.
Alok se posiciona após festival produzido pelo pai ser invadido
O DJ Alok se pronunciou após o evento Universo Paralello, realizado em Urim, no deserto de Negev, e com a presença o DJ Juarez Petrillo, pai do artista brasileiro, entre as atrações, ser invadido por militantes do Hamas durante o ataque a Israel no sábado, 7.
"Como muitos de vocês sabem, o meu pai estava em um desses locais invadidos e sobre a relação dele com o evento em que estava, ele não é o realizador. O meu pai foi CONTRATADO a se apresentar em um evento que licenciou os direitos de uso do nome do festival, como já aconteceu em diversos outros países", escreveu Alok, que afirmou estar "consternado e ainda chocado com o ataque covarde aos milhares de inocentes".
Conhecido como Swarup, Petrillo é criador e produtor do festival de trance, que acontece desde 1999 e está em turnê mundial com previsão de acontecer no Brasil na virada de 2023 para 2024, e registrou imagens na madrugada de sábado do evento interrompido após os bombardeios. Ele ainda contou, em publicações no Instagram, que era para estar tocando no momento do ataque, mas houve um atraso na escala dos shows.
"Estou em choque até agora! E as bombas não param de explodir. (...) Foi a primeira vez que acontece isso, nunca uma festa parou assim! Sei nem o que dizer", contou Petrillo, que estava programado para tocar em três sets e precisou fugir as pressas do local e se proteger em um bunker.
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