Alok ao lado do pai, o DJ Juarez PetrilloReprodução
Alok se posiciona após festival produzido pelo pai ser invadido pelo Hamas em Israel
DJ Juarez Petrillo, fundador do Universo Paralello, era uma das atrações do evento e conseguiu fugir em segurança para um bunker
O DJ Alok se pronunciou após o evento SUPERNOVA Universo Paralello Edition, realizado em Urim, no deserto de Negev, e com a presença o DJ Juarez Petrillo, pai do artista brasileiro, entre as atrações, ser invadido por militantes do Hamas durante o ataque a Israel no sábado, 7. Até o momento, o conflito deixou mais de 200 mortes em ambos os lados.
"Como muitos de vocês sabem, o meu pai estava em um desses locais invadidos e sobre a relação dele com o evento em que estava, ele não é o realizador. O meu pai foi CONTRATADO a se apresentar em um evento que licenciou os direitos de uso do nome do festival, como já aconteceu em diversos outros países", escreveu Alok, que afirmou estar "consternado e ainda chocado com o ataque covarde aos milhares de inocentes".
Conhecido como Swarup, Petrillo é criador e produtor do festival de trance, que acontece desde 1999 e está em turnê mundial com previsão de acontecer no Brasil na virada de 2023 para 2024, e registrou imagens na madrugada de sábado do evento interrompido após os bombardeios. Ele ainda contou, em publicações no Instagram, que era para estar tocando no momento do ataque, mas houve um atraso na escala dos shows.
"Estou em choque até agora! E as bombas não param de explodir. (...) Foi a primeira vez que acontece isso, nunca uma festa parou assim! Sei nem o que dizer", contou Petrillo, que estava programado para tocar em três sets e precisou fugir as pressas do local.
Ainda no comunicado, Alok informou que o evento foi licenciado por um israelense, que Petrillo seria apenas uma das atrações e que a região, localizado no sul de Israel, historicamente recebe festivais e que um outro aconteceu ali com o mesmo perfil e mesmo local. Ele ainda garantiu que o pai "está seguro em um bunker aguardando direcionamento para retornar ao Brasil".
"Na região historicamente fazem eventos, inclusive no dia anterior houve outro festival com o mesmo perfil e NO MESMO LOCAL. Todas essas informações fiquei sabendo hoje após inúmeras tentativas de contato", explicou o DJ nas redes sociais.
Brasileiros seguem desaparecidos
Presentes no festival, Bruna Valeanu e Ranani Glazer são os dois brasileiros confirmados pelo Itamaraty como desaparecidos após o ataque do Hamas a Israel. Ainda há relatos de uma terceira desaparecida, Karla Stelzer, mas não há informações oficiais sobre o paradeiro da carioca.
Natural do Rio de Janeiro, Bruna Valeanu mora em Petah Tikva, próximo à capital israelense. Em postagens no X, antigo Twitter, a tia da carioca, Pat Fontes, afirmou que a jovem estaria na festa rave Universo Paralello junto a um grupo de amigos. Na rede social, ela ainda desmentiu informações de que a brasileira havia sido encontrada e encaminhada a hospitais próximos.
Já Ranani Glazer, de 24 anos, é gaúcho e chegou a conseguir fugir do ataque inicial dos militantes do Hamas e se refugir em um bunker, mas o local foi posteriormente invadido e, desde então, o jovem não tem respondido mais os contatos de familiares e amigos. Ele está em Israel a sete anos, trabalha como entregador de aplicativos e serviu as Forças Militares Israelenses
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