Bruna Valeanu e Ranani Glazer estão desaparecidos em IsraelReprodução/Instagram

Em guerra com o Hamas após ataque surpresa no sábado, 7, Israel está em estado de emergência e centenas de pessoas tentam deixar o país para escapar dos combates, que já vitimou mais de 200 pessoas em ambos os lados do conflito. Em entrevistas, o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) confirmou o desaparecimento de dois brasileiros e o resgate de outro
Natural do Rio de Janeiro, Bruna Valeanu mora em Petah Tikva, próximo à capital israelense. Em postagens no X, antigo Twitter, a tia da carioca, Pat Fontes, afirmou que a jovem estaria na festa rave Universo Paralello junto a um grupo de amigos. Na rede social, ela ainda desmentiu informações de que a brasileira havia sido encontrada e encaminhada a hospitas próximos. 
Também presente no evento, que contava com a partipação do DJ Juarez Petrillo, pai do DJ Alok, o gaúcho Ranani Glazer, de 24 anos, chegou a conseguir fugir do ataque inicial dos militantes do Hamas e se refugir em um bunker, mas o local foi posteriormente invadido e, desde então, o jovem não tem respondido mais os contatos de familiares e amigos. Ele está em Israel a sete anos, trabalha como entregador de aplicativos e serviu as Forças Militares Israelenses. 
Ainda há relatos de uma terceira desaparecida, Karla Stelzer, mas não há informações oficiais sobre o paradeiro da carioca. 
Brasileiro resgatado com vida
Único brasileiro encontrado até o momento, Rafael Zimerman era outro presente na Universo Paralello e conseguiu escapar por pouco do ataque do Hamas ao evento. Em entrevista ao Jornal Nacional, Felipe Jurek, amigo de Zimerman a mais de uma década, contou que ambos moram e trabalham em Israel e que o jovem foi resgatado pela polícia dentro do bunker e em estado de choque. Ele foi levado de helicóptero ao hospital de Haifa e segue internado. 
Sobre o ataque das forças palestinas, Jurek afirma que nem todos que estavam no bunker conseguiram ser resgatos com vida e que Zimerman chegou a "rezar para Deus matá-lo logo porque ele não aguentava mais" ver o massacre que acontecia no local. 
"Pelo que ele me contou é o seguinte, assim que eles começaram a ouvir as explosões, encerraram a música, todo mundo começou a correr para tudo o que é lado, começaram a ouvir tiros, e aí eles correram para um bunker. Chegaram a matar policial, tacaram granada dentro do bunker e tal. (...) Ele falou que viu pessoas queimando, viu pessoas levando tiro e foi feio, foi bem ruim a coisa", explica Jurek.