Pastor Felippe Valadão rompe silêncio sobre disputa com André Valadão e mudança ministerial

Rio - A família Valadão, reconhecida por sua ligação com a Igreja Batista da Lagoinha, vive um momento de divisão pública. O impasse começou quando André Valadão, líder atual da Lagoinha, acionou judicialmente o cunhado, pastor Felippe Valadão, para proibir o uso da marca Lagoinha na congregação dirigida por Felippe e sua esposa, Mariana Valadão, no estado do Rio de Janeiro.

A situação ganhou mais repercussão quando Ana Paula Valadão, irmã de André e Mariana, saiu em defesa do casal. Durante uma pregação transmitida ao vivo pela Lagoinha, Ana abordou o tema, mas a transmissão foi interrompida, gerando repercussão nas redes. Pouco depois, o perfil oficial da igreja deixou de segui-la, e o clima de tensão familiar ficou evidente quando André e Ana deixaram de se seguir no Instagram.

"Novos Começos": O Reposicionamento do Ministério
Em meio ao conflito, Felippe Valadão revelou a decisão de renomear a igreja em Niterói como "Novos Começos". Em entrevista ao jornalista Matheus Baldi, ele explicou que a mudança não era apenas uma necessidade jurídica, mas sim uma reafirmação da identidade do ministério: "Desde o início, nossa igreja sempre foi um lugar de novos começos. Essa não é apenas uma marca; é a nossa identidade. Não simplesmente adotamos um nome, mas assumimos quem sempre fomos".

O pastor frisou que a visão de "Novos Começos" transcende questões institucionais, impactando milhares de vidas ao longo de 11 anos: "Já são mais de 100 mil pessoas que viveram um novo começo em nossas igrejas. Minha própria família viveu essa transformação, e agora somos milhares vivendo o mesmo legado.”

Felippe também compartilhou os desafios e aprendizados que o período conturbado trouxe: "Deus tem feito uma limpeza absurda em nosso meio, mas tem nos dado paz e segurança de que tudo o que está acontecendo já estava nos planos dEle. Para nascer, tem que romper. Dói, tem pressão, mas, quando nasce, é uma delícia, e todos celebram".

Sobre o futuro, o pastor expressou seu desejo de manter o foco no propósito divino e no impacto da igreja: "Espero que milhões de pessoas voltem a ter um relacionamento puro, verdadeiro e sincero com Jesus. Quero continuar inspirando pessoas e cumprindo o papel da igreja no corpo de Cristo". 

Reflexões sobre liderança
Após vivenciar esse momento delicado no ministério e familiar também, Felippe encerrou o bate-papo com uma reflexão sobre liderança e as transições inevitáveis no ministério: "Você conhecerá três tipos de líderes quando passar por uma transição: aliados, que estão com você por recompensa; filhos, que permanecem por causa da herança do legado; e escravos, que ficam por dívida emocional". E mesmo com os desafios, o pastor reafirmou sua fé na condução de Deus: "O propósito de Deus é maior que os seus planos. Ele vai te colocar onde Ele quer, e ponto final", concluiu.