Fátima Bernardes Reprodução / Instagram
Fátima Bernardes relembra crise de pânico no avião: 'Fiquei anos sem voar'
Apresentadora revelou que sobre com viagens até hoje
Rio - Fátima Bernardes, 62 anos, revelou nesta segunda-feira (31) que passou mais de dois anos sem entrar em um avião após sofrer uma crise de ansiedade durante um voo. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ela compartilhou detalhes do episódio traumático ocorrido quando ainda era casada com William Bonner e como conseguiu retomar os voos.
Segundo a apresentadora, o medo de voar sempre esteve presente, mas de forma controlável. No entanto, a situação mudou drasticamente quando seus trigêmeos, Vinícius, Laura e Beatriz, completaram 2 anos. “Eu e William fizemos uma viagem para Nova York. E na volta, eu tive uma crise de ansiedade, uma crise de pânico dentro do avião. Eu estava muito ansiosa para rever as crianças depois de acho que nove ou dez dias. Era a primeira viagem depois que eles tinham nascido e foi horrível”.
Fátima descreveu que, apesar de ter tomado um medicamento recomendado por um médico, a reação foi o oposto do esperado. "Eu tomei um remédio que um médico tinha me receitado para ver se eu dormia, e deu o efeito contrário. Então, enquanto William dormia, eu fiquei mega agitada. Comecei a ter um certo constrangimento das pessoas poderem perceber que eu estava com muito medo, porque meu coração batia, parecia que eu via ele batendo, eu suava frio, a musculatura da perna saltava", lembrou.
"Depois desse voo, posso dizer para vocês que eu fiquei dois anos e quatro meses sem voar. Mas eu não tinha essa percepção. Depois daquele dia, também não fui tratar nada disso, achei que foi uma coisa esporádica. Comecei a evitar os voos, tipo 'Ah, tem que ir a São Paulo', 'Ah, vou de carro, claro, as crianças com três carrinhos para levar, tem babá, tem bebê conforto'", explicou.
A apresentadora contou que passou a modificar os destinos de suas férias para evitar pegar avião. "Eu sempre tinha uma desculpa, 'Ah, vamos viajar para um lugar de praia, ah, vamos aqui em Angra, que é pertinho do Rio, pra quê eu vou até o Nordeste, as crianças não vão nem lembrar ainda!?’. O resultado: quando eu me dei conta, estava há dois anos sem voar", disse.
"E aí eu percebi que realmente alguma coisa não estava certa comigo. Comecei a fazer uma série de tratamentos com psicólogos, com terapeutas para tentar resgatar aquela Fátima [de antes da crise]. E fui entendendo que a fobia aparece para quem acha que tem controle de tudo", pontuou. "Chega uma hora em que você canaliza e descarrega tudo e, no meu caso, no avião, onde tive uma crise de ansiedade", acrescentou.
O desafio maior veio quando Fátima foi escalada para cobrir a Copa do Mundo de 2002, no Japão e na Coreia do Sul. Com a ajuda de terapeutas e o apoio de seus chefes na Globo, conseguiu enfrentar a situação. "Tive ajuda profissional e, com terapia cognitiva comportamental e outras estratégias, fui aprendendo a controlar meu medo", relatou.
Apesar dos avanços, a apresentadora admite que ainda sente tensão ao voar. "Toda vez que o avião está acelerando eu estou chorando, de óculos escuros", confessou. "Toda vez que acaba a decolagem a aeromoça já vem com copinho de água", brincou. Fátima afirma que hoje conta com medicamentos e técnicas que ajudam a enfrentar o medo.
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