Por tabata.uchoa
Em 'Amor à Vida'%2C Patrícia não quer envolvimento sério com os homensDivulgação

Rio - Usar, abusar e jogar fora não é mais exclusividade masculina. A cada dia cresce o número de mulheres que querem se envolver com os homens sem a preocupação de manter vínculos sentimentais. Muitas vezes, elas se comportam assim depois de ter uma desilusão amorosa.

É o caso de Patrícia, personagem de Maria Casadevall em ‘Amor à Vida’, que, após ser traída pelo marido Guto (Márcio Garcia) em plena lua de mel, não quer mais saber de compromisso sério com ninguém. O homem passa a ser um objeto, como uma máquina de prazer, nada além disso.

O médico bem-sucedido Michel, vivido pelo ator Caio Castro, é a primeira presa de Patricia. Eles vão protagonizar cenas quentes, mas nada de ligações e cobranças após uma boa noite de sexo: essa é a condição dela. Caio Castro, embora nunca tenha sido feito de homem-objeto na vida real, analisa as mulheres ‘moderninhas’ como Patrícia.

“Tudo depende dos motivos que as mulheres têm para agir dessa forma. Se uma mulher foge do compromisso porque não quer, acho melhor expor logo a ficar enrolando o outro. Isso é egoísmo. Se ela foge por medo de se envolver, é covardia. Porque a melhor coisa é se apaixonar”, conta ele, que, atualmente, namora a dentista Sabrina Pimpão.

Mas os homens-objeto não são novidade na TV. Em ‘Insensato Coração’, Douglas (Ricardo Tozzi) era o brinquedinho de Bibi (Maria Clara Gueiros), que só pensava no corpinho escultural do bonitão.
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Maria Casadevall defende sua personagem. “Em qualquer tipo de relação, não existe uma regra. Cada ser humano pensa de uma forma. Quem já se machucou tem mais cuidado ao se relacionar novamente. No caso da Patrícia, ela está se protegendo. Tudo para não sofrer. A grande brincadeira dela é o Michel. Mas acho que entrarão novas figuras para apimentar a relação dos dois”, comenta a atriz.
E, ao que tudo indica, Patrícia e seu homem-objeto Michel podem ter um final feliz. “Acredito que o Michel possa virar o jogo. Ele tem muitas chances de conquistá-la. Ele aceita o jogo dela, mas tenta algo mais. A Patrícia tem o ponto de vista dela de não estabelecer uma relação, mas, em contrapartida, ela tem muita cumplicidade com o parceiro”.
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A engenheira Viviane Martins, 29 anos, não descobriu a traição do marido durante a lua de mel como a Patrícia de ‘Amor à Vida’, mas as lembranças da infidelidade ainda a prejudicam na busca por um novo amor. “Eu tinha apenas um ano de casada e não merecia. Me dediquei anos a ele. Agora, não quero mais namorar ninguém. Fico, conheço, saio algumas vezes com os carinhas, mas, quando falam em algo mais sério, eu pulo fora. Minhas amigas dizem que eu uso os caras, faço com eles o que eu quero, no fundo pode até ser verdade. Minha mãe também me repreende e me diz que o justo não pode pagar pelo pecador. Mas eu penso que é melhor eles sofrerem do que eu”.
Para a psicanalista Regina Navarro Lins, a nova forma de relacionamento adotada pelas mulheres não está ligada a desilusões amorosas, e sim a uma opção de sexo casual em busca do prazer, coisa que, antigamente, só era feita pelos homens. “Existe uma mentalidade que deveria ser mudada. Quando a pessoa fica sabendo que o parceiro transou com outra pessoa, acha que não é mais amada e isso causa sofrimento. Muitas ficam traumatizadas e passam a não acreditar mais no amor. Essa história de exclusividade deixa as pessoas obcecadas. Se essa crença mudasse, as pessoas iam entender que podem ser amadas mesmo se seus parceiros transarem com uma outra pessoa”, analisa ela.
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“No caso da personagem da novela, acho que ela adota esse comportamento como uma forma de vingança. Acaba sendo uma forma de se defender também. Hoje, as pessoas estão dando menos importância para a ligação entre amor e sexo”, diz Regina.
E os homens sentem na pele essa postura feminina. O publicitário Ricardo Almeida, aos 33 anos, diz que está difícil arranjar uma namorada. “Elas não querem saber de se apegar. Conheci uma mulher que foi traída pelo marido e me apaixonei, estou há três anos tentando conquistá-la, mas ela está irredutível. Quando eu ligo para chamá-la para ir ao cinema ou jantar, ela vai. Mas, quando digo que estou com saudades, que quero vê-la com mais frequência, ela desconversa. Acabo me sentindo mesmo como um homem-objeto mesmo, que só serve para fazer as coisas quando ela está a fim”.
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Golpe da Barriga
Valdirene (Tatá Werneck) é outra que enxerga os homens como um objeto em potencial. Mas os motivos dela são bem diferentes dos de Patrícia (Maria Casadevall). A filha da ex-chacrete Marcia (Elizabeth Savalla) só ataca homens famosos e bem-sucedidos para tentar dar o golpe da barriga.
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Neymar, Gusttavo Lima, Michel Teló e o lutador Vitor Belfort já foram assediados pela periguete, que só pensa em engravidar de um bom partido. “A Márcia diz para a filha que ela tem que dar o golpe da barriga. É a única forma que ela conhece de se dar bem na vida, mas, apesar disso, só se apaixonou por pobre até hoje”, conta Elizabeth Savalla.
Gusttavo Lima garante que existe muita mulher como a Valdirene na vida real também. “O mais engraçado é que, durante a gravação, eu me lembrei até de algumas situações que acontecem na estrada, das fãs que tentam fazer de tudo para chegar mais perto da gente na van, no hotel e nos camarins dos shows”, conta o cantor.
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