Rio - Domingos Montagner volta a arrancar suspiros das mulheres em ‘Joia Rara’. Depois de viver o cangaceiro capitão Herculano, de ‘Cordel Encantado’ (2011), e o turco Zyah, em ‘Salve Jorge’ (2012), o ator agora interpreta o líder operário Raimundo, que vai viver uma paixão com a jovem Iolanda (Carolina Dieckmann). Não é a primeira vez que ele contracena com uma mulher jovem e bonita. Durante ‘Salve Jorge’, o ator foi alvo de boatos sobre um possível affair com sua parceira de cena Cléo Pires.

“Não tenho medo das especulações por contracenar com mulheres lindas ou interessantes. Quem não deve, não teme. Posso dizer que tenho orgulho de fazer o par romântico da Carol. Ela é uma mulher incrível. Na verdade, tive grandes parceiras de trabalho, com as quais construí situações muito ricas”, avalia o ator. O poder que Domingos tem de encantar o público feminino não é algo que ele possa controlar, ele garante. A grande verdade é que o ator não liga para esse tipo de vaidade.
“Acho engraçado quando falam desse tal frisson. As sensações que são provocadas nas pessoas não estão sob o nosso controle. Mas é legal saber que as mulheres gostam”, diverte-se. Na nova trama das 18h, o ator vai lutar por ideais trabalhistas e enfrentar o vilão Ernest Hauser (José de Abreu).
“Mundo (apelido do personagem) representa a luta do movimento operário, tem ideais comunistas e terá um embate com o personagem do José de Abreu. Ainda vai perder a mulher para esse grande inimigo”, explica ele. Para ajudar na sua interpretação, o ator leu algumas biografias, como a do guerrilheiro e poeta brasileiro Carlos Marighella, e materiais sobre o ex-presidente Getúlio Vargas, desde sua ascensão até a revolução de 1964.
Apesar de participar de manifestações na ficção, Domingos confessa que sempre brigou pelos seus direitos, mas de uma forma diferente de seu personagem. “Eu nunca fui às ruas, mas sempre fui uma pessoa bem determinada. Está sendo maravilhoso fazer o Mundo porque eu posso ver a essência de seu significado. A função do ator é descobrir as coisas que estão nas entrelinhas. Mundo é popular, tem uma vida simples. Nisso, pareço com ele. Sou festeiro, acho isso interessante. Sempre faço reuniões na minha casa. Procuro sempre descobrir características do personagem dentro de mim”.

Os cabelos mais curtos e a barba por fazer indicam a simplicidade de Mundo, que vive num cortiço, cercado de pessoas. “Tinha que ter uma diferenciação entre o núcleo mais pobre e o núcleo mais rico, que é o da família Hauser. Esse meu visual é para estabelecer esse antagonismo e para reforçar o discurso”.
A felicidade por estar em sua terceira novela nem fez com que Domingos sentisse cansaço, após emendar um trabalho no outro. “Fiquei apenas 40 dias de férias, mas eu gosto de trabalhar. Para mim, isso é muito bom e eu quero aproveitar esse momento”, reforçou.