Por daniela.lima

Rio - Dá pra imaginar uma pista de dança fervendo nos anos 70 sem álcool e sem cigarro? Ricardo Waddington, diretor de ‘Boogie Oogie’, que estreia dia 4 de agosto, afirma que sim. 

Mesmo ambientada no ano de 1978 e retratando a era da discoteca, a nova trama das 18h vem recheada de ‘caretice’. “Não tem cigarro, não tem bebida. Acho um enorme retrocesso ter isso nesse horário em que a novela será exibida. Eu mesmo tomei essa decisão. Drogas, então, nem pensar!”, comenta Waddington, que justifica a opção falando do horário. “Às 18h, está cheio de crianças na sala, vendo televisão. Posso tratar os temas de outra maneira, inclusive nas festas da boate. A história não ganha nada com cigarro, bebida. O final da década de 70 é maravilhoso, tem muita coisa boa para a gente aproveitar”.

Rui Vilhena com os diretores Waddington e Gustavo Fernandez Divulgação


Além de muita música dançante e um figurino caprichado, ‘Boogie Oogie’ vai registrar um pouco das mudanças daquela época. “Escolhemos 1978 porque era o ano de ‘Dancin’ Days e o final nos anos 70 é mais rico do que o começo. E, se tratando desse ano, podemos contar melhor as histórias. Vão ter alguns segredos e por não ter celular, internet, isso facilita. O enredo fica mais verossímil”, explica o diretor, que ganha ajuda do autor Rui Vilhena. “O celular é o terror dos autores”, diverte-se Rui.

Ricardo e Rui têm uma tarefa árdua pela frente: levantar o ibope do horário, que vem registrando média de 17 pontos com ‘Meu Pedacinho de Chão’. “Vamos fazer de tudo para contar da melhor maneira possível e fazer com que o público queira nos acompanhar pelos próximos oito meses. Temos um elemento fundamental na nossa narrativa que é a música”, adianta Ricardo, que garante não ter um plano B caso a trama não emplaque.

“O plano B é ‘Boogie Oogie’”, despista ele. “A verdade é que essa questão da audiência está sendo reavaliada. Não acho que o horário das 18h seja diferente do das 13h ou 21h. Estamos todos caminhando para uma única direção e, aos poucos, essa questão da audiência vai sendo mudada. Não penso em mudar nada da trama. Mas, é claro, que precisamos ter a humildade de perceber quando não estamos agradando”, acrescenta o diretor. “Não existe fórmula para o sucesso de uma novela, ainda acredito que a melhor forma é ouvir o público”.

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