Por daniela.lima

Rio - Veterana e iniciante. Bel Kowarick, a Lídia de ‘O Rebu’, se encaixa perfeitamente nessas duas definições. Afinal, faz teatro há 29 anos em São Paulo e só agora estreia na TV. O novo universo se apresenta como algo estimulante para a atriz. “Me senti em um primeiro dia de aula quando cheguei ao Projac para a primeira gravação. É curioso ser um lançamento da novela sem ter 15 anos. Essa renovação aos 48 é uma delícia”, diz. 

Atriz Bel Kowarick estreia nas novelas em ‘O Rebu’Divulgação


A demora desse encontro entre Bel e a mídia mais popular do Brasil não se deu por preconceito ou falta de interesse. “Em São Paulo, muitos atores passam uma vida inteira sem fazer televisão. É normal. Eu gosto de ver novela, mas sempre estive tão envolvida com as minhas peças que não buscava nada fora do teatro. Há pouco tempo, me descobriram e passaram a me convidar para fazer testes. Fui reprovada em dois no ano passado, mas passei para ‘O Rebu’”, vibra.

Além de ganhar um papel na novela das 23h, Bel ainda tem Tony Ramos como par romântico. No remake assinado por George Moura e Sergio Goldenberg, Lídia é a sofisticada esposa do poderoso empresário Carlos Braga: “Realmente é um privilégio trabalhar com o Tony. Ele é bem-humorado, generoso, me dá dicas. É muito bom trabalhar com alguém que ama o que faz.”

E o sentimento que Tony nutre pela TV há 50 anos contagiou a ‘novata’. “Me apaixonei pela TV. Adoraria trabalhar mil vezes com essa equipe. Se me chamarem amanhã para qualquer coisa, aceito de olhos fechados”, garante ela.

As mudanças que um trabalho de grande visibilidade podem trazer não assustam Bel, que é casada com Marcelo Tas, apresentador do ‘CQC’, há 17 anos e, portanto, conhece de perto o dia a dia de alguém que deixou o anonimato para trás há muito tempo. “Não sei se estou preparada para ser famosa, mas eu sei mais ou menos como é essa realidade. Sinceramente, acho que não vai mudar nada na minha vida, a não ser o fato do Marcelo ter que me dividir com o Tony Ramos”, brinca.

Apesar de não ter muita intimidade com os folhetins, a história de amor de Bel e Marcelo poderia ser contada em uma novela. Desde que se beijou pela primeira vez, o casal não se separou mais. E o conto de fadas moderno não para por aí. Eles não demoraram a dividir o mesmo teto e ainda se casaram em três cerimônias diferentes. “Primeiro moramos juntos, aí, em 2000, fizemos uma festa de casamento, mas não oficializamos em cartório. Só em 2012 assinamos o papel, mas, dessa vez, não demos recepção. Nesse mesmo ano, recebemos uma bênção no candomblé. Foi lindo! Agora só falta casar na igreja”, diverte-se.

O segredo de uma relação duradoura e feliz talvez esteja em não criar expectativas, em viver um dia de cada vez. “Quando eu conheci o Marcelo, me apaixonei de cara. Mas não me imaginava casada com ele. Nunca tive certeza que ia dar certo, mas foi um encontro de almas. O Marcelo é o amor da minha vida”, declara-se.

Não por acaso é difícil para a atriz se ver sozinha em um quarto de hotel no Rio, nos dias em que grava ‘O Rebu’, enquanto o marido e os filhos — Miguel, de 13 anos, e Clarice, de 9 — estão em São Paulo. “Sinto muita saudade deles. Sabe aquela falta do contato físico, de não poder abraçá-los, beijá-los? No mais, é tranquilo. Administro muita coisa à distância e o comando da casa está nas mãos do Marcelo”, revela.

Nascida em Paris, ela diz que uma lua de mel na capital francesa após o fim das gravações de ‘O Rebu’ seria uma boa ideia. “Sou 100% brasileira, nasci lá porque os meus pais estavam exilados, mas adoro Paris. Só não sei quando vamos conseguir viajar para algum lugar. Em setembro, outubro, estreia a série ‘Passionais’, no GNT, onde eu faço a protagonista e também já estou envolvida com a produção da peça ‘Pessoas Boas’, que vai estrear no ano que vem”.

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