Rio - O casal Caio Blat e Maria Ribeiro deu show no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, terça-feira à noite no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Mestres de cerimônia da premiação, os dois intercalaram a apresentação dos vencedores com encenação de trechos do longa ‘Todas as Mulheres do Mundo’, estrelado por Leila Diniz e Paulo José e dirigido por Domingos de Oliveira — homenageado da 13ª edição.
Confira a Galeria: Famosos brilham em noite de premiação no Municipal
‘FAROESTE CABOCLO’, do cineasta brasiliense René Sampaio, inspirado na música de Renato Russo, foi o grande vencedor da noite. Levou sete dos 13 troféus Grande Otelo a que fora indicado: Melhor Longa de Ficção; Melhor Ator, para Fabrício Boliveira, como João de Santo Cristo; Melhor Roteiro Adaptado; Montagem Ficção; Direção de Fotografia; Trilha Sonora Original e Som.
GLORIA PIRES, eleita Melhor Atriz por sua atuação como Lota de Macedo Soares em ‘Flores Raras’, não pôde comparecer e mandou a filha Ana, de 14 anos, em seu lugar. A jovem leu uma carta de agradecimento escrita pela mãe. O troféu de Melhor Diretor, pelo mesmo filme, coube a Bruno Barreto, mas foi entregue a seu pai, o produtor Luiz Carlos Bar’reto, já que Bruno está no exterior.
BIANCA COMPARATO levou o troféu Grande Otelo de Melhor Atriz Coadjuvante por ‘Somos Tão Jovens’ e Wagner Moura, que também não compareceu porque está filmando fora do país, ganhou o de Melhor Ator Coadjuvante por sua atuação em ‘Serra Pelada’.
ESTE ANO, o evento criou pela primeira vez a categoria comédia. O vencedor foi ‘Cine Holliúdy’, de Halder Gomes.
DURANTE A CERIMÔNIA, também foi feito um tributo a nomes do cinema como Eduardo Coutinho, Roberto Bakker, Paulo Goulart, Virginia Lane, Arduino Colasanti e José Wilker, que morreram este ano.
O DEPARTAMENTO de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense recebeu homenagem especial do Grande Prêmio do Cinema. O professor José Marinho, um dos fundadores do curso, comemorou a homenagem citando Guimarães Rosa.
PARA ENCERRAR a cerimônia, Domingos de Oliveira subiu ao palco com a mulher, Priscilla Rozenbaum, com quem é casado há 33 anos, e seus netos. Emocionado, leu discurso sobre autoestima e otimismo: “Você só pode gostar dos outros se gostar de si mesmo, e eu me adoro.” Ele também defendeu a substituição da expressão ‘filme de arte’ por ‘filme útil’: “O cinema é imprescindível na formação do homem, e não há nada que o homem precise mais para sua formação do que moral. Claro que deve haver o cinema popular, mas a indústria brasileira de cinema tem que saber fazer o cinema útil.” E terminou dizendo: “Foi uma gracinha o que aconteceu hoje aqui.”
PRESTIGIRARAM A premiação Roberto Farias, presidente da Academia Brasileira de Cinema; Cacá Diegues e Nelson Pereira dos Santos (troféu de Melhor Longa Documentário por ‘A Luz do Tom’); Letícia Spiller, Miriam Freeland e o marido, Roberto Bontempo, Pedro Bial, que concorria a Melhor Documentário por ‘Jorge Mautner — O Filho do Holocausto’; Paulo José e sua filha Bel Kutner; Marieta Severo; Sophie Charlotte, de longo azul, e o namorado Daniel de Oliveira; Daniele Suzuki, com longo de lurex com fenda na perna e superdecote; Isis Valverde, José Loreto e Débora Nascimento; e Jesuíta Barbosa; Guilherme Leicam e a namorada, Bruna Altiere; Alexandra Richter; Claudia Ohana; Claudia Alencar e Joana Fomm; Antonio Calloni; Leonardo Vieira; Fabiana Karla e Carla Daniel.
OS GRANDES VENCEDORES DA NOITE
Melhor longa-metragem de ficção:
‘Faroeste Caboclo’. Produção: Bianca De Felippes por Gávea Filmes e Produções, Marcello Maia por República Pureza e René Sampaio por Fogo Cerrado Filmes .
Melhor longa-metragem de documentário:
‘A Luz do Tom’, de Nelson Pereira dos Santos. Produção: Márcia Pereira dos Santos por Regina Filmes Ltda e Maurício
Melhor longa-metragem de animação:
‘Uma História de Amor e Fúria’, de Luiz Bolognesi. Produção: Caio Gullane, Fabiano Gullane, Débora Ivanov e Gabriel Lacerda por Gullane Entretenimento, Laís Bodanzky, Luiz Bolognesi e Marcos Barreto por Buriti Filmes
Melhor longa-metragem infantil:
‘Meu Pé de Laranja Lima’, de Marcos Bernstein. Produção: Katia Machado por Pássaros Films do Brasil Audiovisuais Ltda.
Melhor longa-metragem de comédia:
‘Cine Holliúdy’, de Halder Gomes. Produção: Halder Gomes e Dayane Queiroz por ATC Entretenimentos
Melhor direção:
Bruno Barreto por ‘Flores Raras’
Melhor atriz:
Gloria Pires, como Lota de Macedo Soares, por ‘Flores Raras’
Melhor ator:
Fabrício Boliveira, como João de Santo Cristo, por ‘Faroeste Caboclo’
Melhor atriz coadjuvante:
Bianca Comparato, como Carmem Tereza, por ‘Somos Tão Jovens’
Melhor ator coadjuvante:
Wagner Moura, como Lindo Rico, por ‘Serra Pelada’
Melhor direção de fotografia:
Gustavo Habda, por ‘Faroeste Caboclo’
Melhor direção de arte:
José Joaquim Salles, por ‘Flores Raras’
Melhor figurino:
Marcelo Pies, por ‘Flores Raras’
Melhor maquiagem:
Siva Rama Terra, por ‘Serra Pelada’
Melhor efeito visual:
Daniel Greco e Bruno Monteiro, por ‘Uma História de Amor e Fúria’
Robson Sartori, por ‘Serra Pelada’
Melhor roteiro original:
Kleber Mendonça Filho, por ‘O Som ao Redor’
Melhor roteiro adaptado:
Marcos Bernstein e Victor Atherino – adaptado da música ‘Faroeste Caboclo’ de Renato Russo, Legião Urbana – por ‘Faroeste Caboclo’
Melhor montagem ficção:
Marcio Hashimoto, por ‘Faroeste Caboclo’
Melhor montagem documentário:
Marília Moraes e Tina Baz, por ‘Elena’
Melhor som:
Leandro Lima, Miriam Biderman, ABC, Ricardo Chuí e Paulo Gama por ‘Faroeste Caboclo’
Melhor trilha sonora:
Paulo Jobim por ‘A Luz do Tom’
Melhor trilha sonora original:
Phillipe Seabra por ‘Faroeste Caboclo’
Melhor curta ficção:
‘Flerte’, de Hsu Chien
Melhor curta documentário:
‘A Guerra dos Gibis’, de Thiago Brandimarte Mendonça e Rafael Terpins
Melhor curta animação:
‘O Menino que Sabia Voar’, de Douglas Alves Ferreira
Melhor longa-metragem estrangeiro:
‘Django Livre’, de Quentin Tarantino. Distribuição: Sony Pictures