Por daniela.lima

Rio - O casal Caio Blat e Maria Ribeiro deu show no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, terça-feira à noite no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Mestres de cerimônia da premiação, os dois intercalaram a apresentação dos vencedores com encenação de trechos do longa ‘Todas as Mulheres do Mundo’, estrelado por Leila Diniz e Paulo José e dirigido por Domingos de Oliveira — homenageado da 13ª edição.

Confira a Galeria: Famosos brilham em noite de premiação no Municipal

‘FAROESTE CABOCLO’, do cineasta brasiliense René Sampaio, inspirado na música de Renato Russo, foi o grande vencedor da noite. Levou sete dos 13 troféus Grande Otelo a que fora indicado: Melhor Longa de Ficção; Melhor Ator, para Fabrício Boliveira, como João de Santo Cristo; Melhor Roteiro Adaptado; Montagem Ficção; Direção de Fotografia; Trilha Sonora Original e Som. 

Caio Blat e Maria Ribeiro no palco do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro Ag. News


GLORIA PIRES, eleita Melhor Atriz por sua atuação como Lota de Macedo Soares em ‘Flores Raras’, não pôde comparecer e mandou a filha Ana, de 14 anos, em seu lugar. A jovem leu uma carta de agradecimento escrita pela mãe. O troféu de Melhor Diretor, pelo mesmo filme, coube a Bruno Barreto, mas foi entregue a seu pai, o produtor Luiz Carlos Bar’reto, já que Bruno está no exterior.

BIANCA COMPARATO levou o troféu Grande Otelo de Melhor Atriz Coadjuvante por ‘Somos Tão Jovens’ e Wagner Moura, que também não compareceu porque está filmando fora do país, ganhou o de Melhor Ator Coadjuvante por sua atuação em ‘Serra Pelada’.

ESTE ANO, o evento criou pela primeira vez a categoria comédia. O vencedor foi ‘Cine Holliúdy’, de Halder Gomes.

DURANTE A CERIMÔNIA, também foi feito um tributo a nomes do cinema como Eduardo Coutinho, Roberto Bakker, Paulo Goulart, Virginia Lane, Arduino Colasanti e José Wilker, que morreram este ano.

O DEPARTAMENTO de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense recebeu homenagem especial do Grande Prêmio do Cinema. O professor José Marinho, um dos fundadores do curso, comemorou a homenagem citando Guimarães Rosa.

PARA ENCERRAR a cerimônia, Domingos de Oliveira subiu ao palco com a mulher, Priscilla Rozenbaum, com quem é casado há 33 anos, e seus netos. Emocionado, leu discurso sobre autoestima e otimismo: “Você só pode gostar dos outros se gostar de si mesmo, e eu me adoro.” Ele também defendeu a substituição da expressão ‘filme de arte’ por ‘filme útil’: “O cinema é imprescindível na formação do homem, e não há nada que o homem precise mais para sua formação do que moral. Claro que deve haver o cinema popular, mas a indústria brasileira de cinema tem que saber fazer o cinema útil.” E terminou dizendo: “Foi uma gracinha o que aconteceu hoje aqui.”

PRESTIGIRARAM A premiação Roberto Farias, presidente da Academia Brasileira de Cinema; Cacá Diegues e Nelson Pereira dos Santos (troféu de Melhor Longa Documentário por ‘A Luz do Tom’); Letícia Spiller, Miriam Freeland e o marido, Roberto Bontempo, Pedro Bial, que concorria a Melhor Documentário por ‘Jorge Mautner — O Filho do Holocausto’; Paulo José e sua filha Bel Kutner; Marieta Severo; Sophie Charlotte, de longo azul, e o namorado Daniel de Oliveira; Daniele Suzuki, com longo de lurex com fenda na perna e superdecote; Isis Valverde, José Loreto e Débora Nascimento; e Jesuíta Barbosa; Guilherme Leicam e a namorada, Bruna Altiere; Alexandra Richter; Claudia Ohana; Claudia Alencar e Joana Fomm; Antonio Calloni; Leonardo Vieira; Fabiana Karla e Carla Daniel.

OS GRANDES VENCEDORES DA NOITE

Melhor longa-metragem de ficção:
‘Faroeste Caboclo’. Produção: Bianca De Felippes por Gávea Filmes e Produções, Marcello Maia por República Pureza e René Sampaio por Fogo Cerrado Filmes .

Melhor longa-metragem de documentário:
‘A Luz do Tom’, de Nelson Pereira dos Santos. Produção: Márcia Pereira dos Santos por Regina Filmes Ltda e Maurício

Melhor longa-metragem de animação:
‘Uma História de Amor e Fúria’, de Luiz Bolognesi. Produção: Caio Gullane, Fabiano Gullane, Débora Ivanov e Gabriel Lacerda por Gullane Entretenimento, Laís Bodanzky, Luiz Bolognesi e Marcos Barreto por Buriti Filmes

Melhor longa-metragem infantil:
‘Meu Pé de Laranja Lima’, de Marcos Bernstein. Produção: Katia Machado por Pássaros Films do Brasil Audiovisuais Ltda.

Melhor longa-metragem de comédia:
‘Cine Holliúdy’, de Halder Gomes. Produção: Halder Gomes e Dayane Queiroz por ATC Entretenimentos

Melhor direção:
Bruno Barreto por ‘Flores Raras’

Melhor atriz:
Gloria Pires, como Lota de Macedo Soares, por ‘Flores Raras’

Melhor ator:
Fabrício Boliveira, como João de Santo Cristo, por ‘Faroeste Caboclo’

Melhor atriz coadjuvante:
Bianca Comparato, como Carmem Tereza, por ‘Somos Tão Jovens’

Melhor ator coadjuvante:
Wagner Moura, como Lindo Rico, por ‘Serra Pelada’

Melhor direção de fotografia:
Gustavo Habda, por ‘Faroeste Caboclo’

Melhor direção de arte:
José Joaquim Salles, por ‘Flores Raras’

Melhor figurino:
Marcelo Pies, por ‘Flores Raras’

Melhor maquiagem:
Siva Rama Terra, por ‘Serra Pelada’

Melhor efeito visual:
Daniel Greco e Bruno Monteiro, por ‘Uma História de Amor e Fúria’
Robson Sartori, por ‘Serra Pelada’

Melhor roteiro original:
Kleber Mendonça Filho, por ‘O Som ao Redor’

Melhor roteiro adaptado:
Marcos Bernstein e Victor Atherino – adaptado da música ‘Faroeste Caboclo’ de Renato Russo, Legião Urbana – por ‘Faroeste Caboclo’

Melhor montagem ficção:
Marcio Hashimoto, por ‘Faroeste Caboclo’

Melhor montagem documentário:
Marília Moraes e Tina Baz, por ‘Elena’

Melhor som:
Leandro Lima, Miriam Biderman, ABC, Ricardo Chuí e Paulo Gama por ‘Faroeste Caboclo’

Melhor trilha sonora:
Paulo Jobim por ‘A Luz do Tom’

Melhor trilha sonora original:
Phillipe Seabra por ‘Faroeste Caboclo’

Melhor curta ficção:
‘Flerte’, de Hsu Chien

Melhor curta documentário:
‘A Guerra dos Gibis’, de Thiago Brandimarte Mendonça e Rafael Terpins

Melhor curta animação:
‘O Menino que Sabia Voar’, de Douglas Alves Ferreira

Melhor longa-metragem estrangeiro:
‘Django Livre’, de Quentin Tarantino. Distribuição: Sony Pictures

Você pode gostar