Por daniela.lima

Rio - Exibida pelo canal Band News, a série ‘Brics — A Nova Classe Média’ vai ao ar segunda-feria, à meia-noite. E mostra como vivem famílias recém-saídas da pobreza em países integrantes do chamado Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Hoje, às 18h, vai ao ar a reprise do primeiro episódio, mostrando a vida de uma família brasileira. Na segunda, o foco é na Rússia. A série é dirigida por Júlia Martins e Carlos Alberto Jr. e é uma produção do Cine Group. 

Em ‘Brics — A Nova Classe Média’%2C a família Peradin Ribeiro%2C do Jardim Raposo Tavares%2C em São PauloDivulgação


No Brasil, o programa tomou como exemplo a família Peradin Ribeiro, moradora do Jardim Raposo Tavares, em São Paulo. O pai, Fábio, fez curso de eletricista e passou a sustentar mulher e filhos trabalhando por conta própria, após vários anos sem dinheiro até para alimentação e saúde. O filho mais velho, Gustavo, é o empreendedor da família. Estuda de manhã e no resto do dia toma conta da lanchonete montada pelos pais.
Em comum, as famílias mostradas foram todas ajudadas pelo maior acesso à educação (incluindo aí o aprendizado de novas profissões) e pelo empreendedorismo. O aumento da chamada “nova classe média”, em cada um dos países enfocados, influenciou diretamente a cadeia produtiva local — com mais produtos e mais compradores.

“As famílias têm também em comum o fato de terem saído da miséria, mas ainda não terem estabilidade. Muitas delas melhoraram, mas ainda estão em situação de precariedade”, diz a codiretora Júlia, destacando o episódio da Rússia, que traz personagens cujos padrões de vida eram altos na época da União Soviética e depois caíram com as privatizações. “Muitos servidores públicos perderam seus postos de trabalho e passaram a ter dificuldades financeiras.”

A diretora diz ter percebido durante a produção da série — que deu origem também a um documentário “mais pessoal” — a semelhança entre as aspirações da classe C dos países: “Elas também têm preocupações com o futuro do planeta. Isso gerou até um debate interessantíssimo durante o documentário.”

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