Rio - Nem tudo está perdido. Na cabeça de Everaldo, interpretado por Mouhamed Harfouch em ‘Verdades Secretas’, ele tem chances de disputar o amor de Carolina (Drica Moraes) com Alex (Rodrigo Lombardi). No capítulo que vai ao ar hoje, Alex pede Carolina em casamento.“Essa novela é rápida, tem cenas quentes. E o Everaldo vem devagar, construindo uma relação com carinho, respeito. Ele vai se decepcionar quando ela se casar com Alex, mas com o Walcyr Carrasco tudo é possível”, justifica Mouhamed.
Mas o que o povo quer saber é se Everaldo vai conseguir ou não ter os seus momentos de romance com a secretária. “Isso só assistindo. Mas não esperem beijos à la Alex. Everaldo é cavalheiro, sedutor à moda antiga. Mas eu não posso adiantar nada”, despista o ator, feliz por ter torcida na rede social. “No Twitter, muitos fãs torcem pela gente e nos apelidaram como casal ‘Everolina’”, acrescenta.
Quando soube da sinopse de Everaldo, era Deborah Secco quem ia ganhar o coração do médico, mas a atriz engravidou e teve que deixar o papel para Drica. “A única mudança que eu tive que fazer foi deixar a barba, porque com a Deborah era outra pegada. Mas as duas são excelentes atrizes, e ninguém saiu perdendo. Cada uma ia construir a Carolina de uma forma. Tenho sorte, Drica tem muito valor, é generosa”, avalia.
Um grande mistério também estará na trama do médico, mas Mouhamed não arrisca um palpite: “Ele teve perdas na vida, que eu não sei o que é. Mas o público vai descobrir mais verdades. Esses personagens que não se revelam de cara são muito interessantes. Ele deve ter tido alguma história de amor, uma desilusão, e se tornou um homem sozinho.”
As perdas de Mouhamed ficam só no campo da ficção. Longe das telinhas, ele afirma que nunca sofreu por amor. “Sou casado há cinco anos, nunca tive uma decepção. As perdas mais significativas foram as dos meus avós. Mas a gente vai amadurecendo, e os ciclos vão se completando. Já tive momentos tristes e momentos de temor”, explica. Recentemente, o ator passou por um susto quando presenciou a explosão de um apartamento em São Conrado.
“Foi um desespero, um susto muito grande. Eu moro no prédio ao lado, com vista para o que explodiu. Acordei no meio da noite, desci correndo as escadas com a minha filha no colo. Aí, depois, parei para pensar que tudo na vida é transitório”, reflete, e acrescenta: “ Às vezes, vem a vida e puxa o tapete. A gente vive correndo, preocupado com coisas pequenas, e nos esquecemos do que realmente tem importância. De resto, ficam as cicatrizes.”