Por paulo.gomes

Rio - ‘Eu tô voltando pra casa, outra vez...’. Os versos de Lulu Santos que ecoaram em 1986 são mais atuais do que nunca para Dani Suzuki, 38 anos, que reassume o posto ocupado em 2012 no ‘The Voice Brasil’ a partir desta quinta, além de estar no comando do ‘The Voice Web’, do site Gshow. “Estou retornando para a mesma família, estou muito feliz em reencontrar toda a equipe, a única diferença é que agora tenho um outro olhar. No ‘The Voice Web’, tenho a liberdade de dar ideias, de criar, de mostrar os bastidores que não entram no programa. Me sinto totalmente em casa”, diz.

Dar asas à imaginação é um exercício que Dani tem prazer em praticar. Nos últimos meses, conciliou as gravações da temporada passada de ‘Malhação’ com projetos que estão prestes a sair do forno. Escreveu dois livros — um infantil e outro sobre as suas experiências da época em que apresentou o programa ‘Tribos’, do Multishow — e dirigiu o curta-metragem ‘Pulso’. “Estou sempre desenvolvendo novos projetos, inclusive quero produzir coisas para o público infantil na TV. Por hora, já sei que vou fazer o ‘The Voice Kids’, que estreia em janeiro”, adianta.

Prestes a completar 40 anos%2C Dani Suzuki estreia mais madura no comando da nova edição do 'The Voice'Ernesto Carriço / Agência O Dia

A intimidade com o universo dos pequenos só faz crescer desde que Kauai, de 4 anos, fruto do extinto casamento com Fábio Novaes, nasceu. Dani deixa fluir sua criatividade também no papel de mãe, onde se reinventa. “Não alugo mais casa de festa para os aniversários do Kauai. Faço os enfeites, decoro a minha casa inteira e a minha assistente que é babá do meu filho faz os docinhos e o bolo. Adoro organizar festa infantil”, conta.

Exercer a maternidade é algo que a atriz e apresentadora faz em sua plenitude. Só não tira de letra. “É muito difícil aprender a educar um ser humano com valores, ensinar o que é certo e errado e, ao mesmo tempo, ser permissiva para deixar que ele caia e levante sozinho. Não dá para protegê-lo a a vida inteira, então eu quero criar o meu filho para o mundo. E ele já é muito independente”, revela, complementando. “O Kauai é meu amigo, parceiro, somos grudados. Tomamos banho juntos, eu vou ao banheiro e ele entra comigo para ficar me esperando. Carrego o meu filho para tudo que é lugar e ele se comporta muito bem.”

Como mãe, Dani já se sente completa. Mas nada que a impeça de pensar em aumentar a família. “Não sou doida para ter outro filho, mas se vier, ótimo. Não teria outro filho por mim, mas teria porque eu acho importante para o Kauai ter irmãos. Ele me pede um irmão constantemente”, comenta.

Nada que a motive a ponto de fazer planos imediatos para se casar com o namorado, o ator Nikolas Antunes. “Vivo o presente e acho que todas as pessoas deveriam fazer o mesmo. Não crio expectativas, não descarto nada sobre o futuro, casar ou não casar. Sou uma pessoa que mudo muito de opinião, a gente tem que ser flexível. Não sou radical com nada, nem exigente comigo mesma”, frisa.

Talvez esteja aí o segredo da sua alegria contagiante. “Encontrei a fórmula da felicidade. Eu não reclamo de nada, só agradeço. E quando as coisas não acontecem, eu respeito essa pausa. Você escolhe se quer ter um dia bom ou não. É um exercício não permitir que as interferências externas mudem o seu dia. Por que não posso ser feliz todo dia se tem gente que é chata todo dia? É claro que fico triste, vivo todos os sentimentos. Mas fico triste, não depressiva. Como você vai levar a vida, definitivamente, é uma escolha”.

Mulher desencanada

Feminina, Dani Suzuki é. Já vaidosa... “Tem dias que gosto de me arrumar, em outros, não quero nem me olhar no espelho. Não tenho cuidados com a pele. Durmo maquiada, lavo o rosto só com água, nunca fiz peeling, tratamentos com ácido, nada. Eu acho que quanto menos creme passar no rosto, melhor. Também não sou uma mulher que gosta de shopping. Prefiro ir em loja de material de construção. Entendo tudo de furadeira, de serra elétrica. Sei fazer cimento e coloco azulejo. Na minha casa, quem cola papel de parede sou eu”. Bem-resolvida, enxerga com naturalidade a proximidade dos 40, daqui a dois anos.

“Quanto mais velha eu fico, mais interessante me acho. Quero envelhecer naturalmente. Não curto o desequilíbrio de estar com certa idade e querer parecer uma menina. Minha preocupação é me manter saudável, não me deixar levar pela loucura do mundo e acompanhar o meu filho o máximo possível.”

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