Bárbara Coelho - João Cotta
Bárbara CoelhoJoão Cotta
Por Ricardo Schott | ricardo.schott@odia.com.br

Rio - Bárbara Coelho já havia substituído Fernanda Gentil durante as férias da apresentadora. Mas agora é pra valer: com a ida da Musa da Copa para o entretenimento da Globo, a jornalista esportiva capixaba que já havia apresentado o 'Central da Copa' ao lado de Tiago Leifert fica a partir deste domingo à frente do prestigioso 'Esporte Espetacular'. E o desafio da repórter vem justamente nos 45 anos da atração.

"Estou superanimada, né? É um sonho para qualquer pessoa que trabalha na área de esportes", conta a jornalista. Um sonho e um presente: Bárbara estreia à frente da atração bem pertinho do seu aniversário (faz 31 anos em 19 de dezembro). "Desde criança já acordava cedo todo domingo, na expectativa de assistir ao programa. Até hoje eu tenho esse hábito! Estou há cinco anos no SporTV (é apresentadora do 'Tá na Área') e fui tendo oportunidade de mostrar meu trabalho. Acompanho todos os esportes, hoje inclusive um pouco mais de futebol, que é nosso carro-chefe. Chegar no programa é consequência de tudo o que construí nesses últimos anos".

OUTRA PEGADA

Quem assiste ao 'Esporte Espetacular' já sabe: a atração, além de funcionar como revista eletrônica do esporte, ainda trata o assunto com olhar de crônica. A linha editorial é livre o suficiente para que haja a exibição do lado humano de todo tipo de esporte. Essa característica deixa Bárbara muito animada.

"O programa trata o esporte como história. Te falo que as histórias mais bonitas que já vi, vi no 'Esporte Espetacular'", anima-se. "Quando cobri férias da Fernanda, vi o cuidado e o carinho com que as histórias são tratadas. Antes, eu estava no ambiente da hard news, e agora vou trafegar por um lado mais sensível da informação".

FERNANDA E FELIPE

Bárbara adora Fernanda e seu companheiro de 'Esporte Espetacular', Felipe Andreolli. "Fernanda é uma menina muito especial. Antes das férias dela, passou todo o apoio que eu precisava para me sentir segura. Ela é leve, divertida, mas nunca abdicou do conteúdo, sempre foi estudiosa", elogia ela.

"E se não fosse pelo Andreolli, eu não teria passado tanta naturalidade quando estreei no 'Esporte Espetacular'. Ele foi muito importante, me acalmou, disse: 'Olha, isso aqui é uma coisa que você tá acostumada a fazer, a diferença é que agora tem muito mais gente vendo. Confia no teu trabalho'. Ele foi muito parceiro. Eu estava tão nervosa que nem me lembro mais o que comi no café da manhã!", brinca Bárbara, que não pensa na possibilidade de também ir para o entretenimento da Globo. "Hoje, estou 100% focada no 'Esporte Espetacular', mergulhei mesmo", diz.

CENTRAL DA COPA

Bárbara é daquelas pessoas que, quando querem uma coisa, correm muito atrás. Quando era estudante de jornalismo, insistiu até conseguir uma vaga em rádio, mesmo não tendo experiência disse ao chefe que iria para lá todos os dias depois da faculdade. Em 2010, veio do Espírito Santo para o Rio, trazendo apenas um ventilador e uma TV.

"Te digo que não sei de onde vem a coragem", conta, dando a dica para quem quer se aventurar no campo esportivo. "Tem que gostar muito. Esporte não se estuda, se vive. Ele funciona durante 24 horas, não apenas durante o horário em que você está dentro da redação", conta. Concentração e aptidão são fundamentais. "Ou então você não consegue nem pegar uma final de campeonato, nem imprimir um bom trabalho".

No caso do 'Central da Copa', Tiago Leifert, editor-chefe e apresentador, já era seu fã, e a convidou. Ao chegar, foi só cair dentro e trabalhar muito. "Foi uma boa oportunidade para crescer e um grande aprendizado. O Tiago é uma grande referência. E tinha o Julio Cesar, que é um goleiro de três Copas do Mundo. O Caio Ribeiro, que já é um cara com quem eu estava acostumada... A gente passava o dia juntos, acompanhando os jogos".

ELA TORCE, E MUITO

Bárbara não revela seu time nem por um par de ingressos, passagens e hospedagem para assistir a uma partida de futebol fora do país (ela costuma programar idas a estádios durante as férias e foi inclusive, recentemente, assistir a Liverpool x Paris St. German na Europa). Mas avisa que torcer é com ela mesma.

"Ih, eu grito, eu cobro, eu visto a camisa, eu me emociono, brigo por causa de provocação se tiver que brigar... Não posso falar por todos, mas a maioria dos jornalistas esportivos chegou ao esporte por meio de uma paixão, de alguma coisa que te levou para aquilo, não é? No trabalho, me considero uma jornalista imparcial, que sabe separar as coisas. Mas esse meu lado torcedora me faz ter mais apego ainda pelo esporte. Quero mergulhar mais ainda nesse universo de torcedora de raiz", alegra-se Bárbara, que também tem seu lado esportista: corre, faz spinning, já fez muay thai, anda de skate. "Também jogo futebol com as meninas do SporTV, mas abandonei um pouco".

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