Jesuíta Barbosa - Globo/João Cotta
Jesuíta BarbosaGlobo/João Cotta
Por Gabriel Sobreira

Rio - Aos 27 anos, Jesuíta Barbosa não pensa duas vezes quando questionado sobre o que lembra dos anos 1990 (ele nasceu em 1991), época que será retratada na novela ‘Verão 90’, que estreia dia 29 de janeiro, às 19h, na Globo.

“Lembro da Xuxa. Minha mãe era muito fã da Xuxa, acho que ainda é até hoje. E ela fez todos os meus aniversários da Xuxa. Cresci ouvindo todas as músicas por causa da minha mãe”, conta, aos risos, o intérprete de Jerônimo, o vilão da trama das sete. Quem também tem espaço na memória do artista é o grupo É o Tchan, lembrado sempre que Jerônimo se dirige a Vanessa (Camila Queiroz), sua cúmplice. “Coloco um caco (improviso no texto) na novela em homenagem ao É o Tchan, que é (chamar a personagem de) ‘ordinária’”, entrega Barbosa.

Acostumado a fazer séries, minisséries e fi lmes, Jesuíta faz seu debut em novelas. Em 2015, ele até fez uma ponta em ‘Sete Vidas’ em uma cena de fl ashback. Mas em ‘Verão 90’, ele encara uma reinvenção profissional. “E estou prendendo muito também porque é bom sair um pouco desse lugar naturalista, que,

às vezes, é chaaato (risos). E abrir o peito, nuances diferentes”, diz. “Tudo é sempre muito cabeça. Às vezes, acho que racionalizo demais. A minha vontade de fazer novela era justamente por isso, encontrar uma nuance de atuação, uma prontidão, uma resposta, que no cinema não existe”, acrescenta.

Em ‘Verão 90’, Jerônimo é o irmão mais velho de João Guerreiro (Rafael Vitti). Quando crianças, eles formavam a Patotinha Mágica, ao lado de Manuzita (Isabelle Drummond). A sintonia entre a menina e o irmão boa praça sempre incomodou Jerônimo. Depois que o trio se separou, o temporão não aceita voltar a ter vida humilde e quer porque quer ter fama e status outra vez.

Jerônimo foge de Armação do Sul para o Rio e não dá mais notícias para a família. Na busca de se dar bem na alta sociedade carioca, entre um trambique e outro, o garoto adota uma nova identidade e passa a se apresentar com o nome de Rojê.

Para todos, ele mente e diz que é filho de diplomata. Faz questão de informar ainda que, após uma temporada no exterior, agora pretende se estabelecer na cidade. “A gente trabalha muito com improviso, com humor. Duas coisas muito difíceis. E quando junta as duas, nossa, aí que complica mais ainda. A minha vontade é conseguir memória, prontidão. Tem muito, muito texto. Isso me preocupa muito. Estudo muito sozinho. Mas não consigo decorar texto só. Gosto muito de encontrar atores e atrizes antes de fazer a cena

para conseguir passar (o texto)”, entrega. “Estou me adaptando ainda. A novela é um gênero que estou gostando de fazer”, empolga-se.

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