A atriz e apresentadora Renata Pitanga - Divulgação
A atriz e apresentadora Renata PitangaDivulgação
Por BRUNNA CONDINI

Muita gente se recorda de Renata Pitanga, em 2003, como a Shirley de 'Mulheres Apaixonadas', de Manoel Carlos. A função de apresentadora veio antes do trabalho como atriz, e continua no dia a dia dela - ela já trabalhava no canal SporTV antes da novela e, há treze anos, pode ser vista no canal Shoptime. E na emissora, ela estreia segunda às 20h30 o 'Me Salva, Shoptime!'.

Nos dez episódios da atração, Renata - que já trabalhou como modelo - recebe mulheres que passam por mudanças para recuperar cabelos danificados. As participantes se inscrevem para o 'Me Salva' através do site do canal. E a apresentadora adverte que, ainda que a principal transformação das mulheres seja no visual, as consequências se estendem para a vida delas.

"A transformação é no sentido mais amplo da palavra", salienta. "A vida de todo mundo é uma grande correria e, por diversas razões, a gente acaba se deixando de lado. Eu percebi muito isso com todas as participantes. O dia tem 24 horas e uma fatia desse tempo precisa ser nosso, para fazer algo que nos faça bem, que seja exclusivamente para o nosso próprio benefício. Em todos os episódios, eu pude dar um colo para cada uma delas. Foi muito gratificante!"

Dona de uma cabeleira cacheada, Renata se defrontou com questões fortes de autoestima no contato com as participantes do 'Me Salva'. "Todas me encantaram de alguma maneira e me reconheci em algumas histórias também. Muitas falaram de suas relações com as próprias mães. Na infância, elas viveram as primeiras dificuldades de aceitação. O primeiro alisamento de cabelo era sugerido pela mãe, mas elas sequer estavam insatisfeitas com o próprio cabelo! Ali nascia a crença de que só o liso é bonito!", assusta-se Renata. "Foi maravilhoso participar desse processo de aceitação. Foi libertador ver a beleza no cacho, na diferença".

Outra história que chamou a atenção da atriz foi a de uma menina que está, digamos, dentro dos padrões impostos. "Ela é linda, alta, magra, características que a sociedade e a indústria da beleza consideram como ideais, que sofreu bullying na escola, justamente por ser assim. Ela não se via como uma pessoa bonita! Foi triste perceber como essas 'bobagens de criança' ecoavam nela até hoje", indigna-se a atriz. "O cuidado está ligado a própria autoestima, a se amar e a ter um olhar de carinho consigo mesma. As mães, principalmente, se permitem muito pouco. Elas são sempre as últimas a serem cuidadas", conta a mãe de Francisco, de quatro anos.

Aliás, ainda que o Shoptime seja um canal de vendas, Renata vê nele um grande companheiro dos telespectadores. "Muitos deixam a TV ligada, como se fôssemos um rádio, pela companhia que fazemos. Viramos amigos das pessoas de casa, somos uma grande família. A venda é uma consequência. Demostro as facilidades de um produto, como ele pode melhorar a vida de quem está assistindo, e a necessidade de tê-lo surge daí", conta.

Jornalista

Renata tem as melhores lembranças da época de 'Mulheres Apaixonadas'. Mas está realizada com a função de apresentadora. "Minha formação é jornalismo. Quando criança gostava de entrevistar, falar e amava um microfone!", conta. "Nos meus sonhos de menina sempre desejei estar na TV, me comunicando, conversando com as pessoas".

O trabalho em 'Mulheres Apaixonadas' veio de surpresa. "Fui chamada para fazer um teste para a novela, e passei. Foi uma experiência nova e difícil, aos 23 anos, estrear no horário nobre da maior emissora do país. Naquela época não tinha Netflix! Novela era tudo para os brasileiros", diz, rindo. "Mas ser apresentadora é altamente gratificante. Comecei no Shoptime cobrindo a licença maternidade de uma apresentadora e me apaixonei. Os meus planos são como apresentadora, mas a vida nos surpreende também".

Planos para o futuro

"Profissionalmente, é ter saúde para continuar seguindo essa estrada. Trabalho desde os meus treze anos. Conheci muitas pessoas legais, fiz amigos, viajei e aprendi com cada uma delas. A carreira artística sempre foi muito concorrida e disputada. É preciso ter resiliência para seguir em frente sempre. Espero que o 'Me Salva, Shoptime!', toque o coração das pessoas em casa e que possamos ter muitas outras temporadas!", felicita.

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