A atriz Dandara Mariana está no ar na novela 'Verão 90', da Globo - Gerard Giaume/ divulgação
A atriz Dandara Mariana está no ar na novela 'Verão 90', da GloboGerard Giaume/ divulgação
Por Isabelle Rosa
Dandara Mariana caiu nas graças do público na pele da dançarina de lambada Dandara Brasil, em 'Verão 90', da Globo. Linda e cheia de gingado, não demorou muito para a atriz receber o carinho das pessoas nas ruas. Ela conta que o que mais ouve são os versos da música 'Preta', de Beto Barbosa, tema de sua personagem.
"A repercussão tem sido muito boa e fico feliz por isso. A personagem é carismática e o público se identificou facilmente com ela. O fato de a Dandara ser dançarina e trazer a lambada é um dos pontos fortes da relação da personagem com o público, que tem vindo falar com muito saudosismo dessa época", comenta Dandara.
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Para dar vida à dançarina, Dandara Mariana rebolou bastante, já que ela era muito nova quando a lambada estourou e não tem recordações da época. "Fiz algumas aulas de dança com grandes profissionais e frequentei alguns bailes para me familiarizar com o ritmo. Por ser muito acelerado, é difícil de acompanhar. Mas rapidamente me tornei uma lambadeira. É um ritmo contagiante que requer muita malemolência. Haja coluna", diverte-se.
Mas a personagem de Dandara não pode ser definida só pelo rebolado. A dançarina, que é à frente do seu tempo, não aceita ser diminuída por ser mulher e muito menos rotulada somente como 'gostosona'. "A história dessa mulher que viveu nos anos 90 lutando por espaço, correndo atrás de seus sonhos, se posicionando na vida, cheia de autoestima, perseverança, vontade de crescer e alçar voos cada vez maiores é sensacional! Dandara é uma garota muito potente, que traz em sua fala e em suas atitudes os anseios da mulher numa época em que somente assumíamos postos de gostosas e objetos sexuais. Dandara Brasil, apesar de estar fadada a isso, tem um lugar de fala e posicionamento, é uma militante de sua época", comenta.
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E não tem como negar que Dandara Brasil é empoderada. "A personagem é feminista, 'se coloca' e tem cenas muito legais com temas importantes de serem ditos hoje, ela vive a dançarina que é colocada em um lugar vulgarizado. Muita gente tem uma visão deturpada da dança. Ela vem para mudar isso também, tem respostas maravilhosas para assédio, por exemplo. É maravilhoso quando a gente consegue aliar a política ao personagem, ou seja, quando conseguimos levantar a bandeira pela qual lutamos. Isso está na boca de uma ficção, é um ganho para todos", avalia.
A atriz ainda entrega que tem pontos em comum com a personagem. "Sempre tem alguma coisa, não?! Cada personagem que faço me instiga e me faz crescer como artista e como ser humano. Ser artista na atual conjuntura é resistir".
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MAIS DIVERSÃO
Dandara adianta o que público pode esperar de sua personagem nos próximos capítulos de 'Verão 90'. "Cada vez mais questionamentos e diversão. Acredito que a arte tem essa função de ser política, ela pode ir além de entretenimento. É uma maneira de, como sociedade, pensarmos sobre diferentes assuntos. A arte é transformadora", destaca a atriz.
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RETORNO DOS FÃS
Dandara conta que acompanha os comentários dos fãs em suas redes sociais. "A troca também tem sido positiva. Muitos vibram com os coiós que a Dandara (Brasil) dá na Mercedes (Totia Meireles). O público é bastante dividido na torcida do relacionamento dela com o Quinzinho (Caio Paduan)".
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PAI ATOR
O que muita gente não sabe é que Dandara Mariana é filha do ator Romeu Evaristo, que interpretou o Saci, na primeira versão do 'Sítio do Picapau Amarelo' (1977). E Dandara seguiu os passos do pai na carreira de atriz. "Ele sempre me apoiou, mas ficava preocupado pelas dificuldades da profissão. Coisa de pai (risos)! Uma vez, ele foi assistir a uma peça minha e falou: "Você é atriz mesmo!". Foi o dia que ele realizou que a filha era boa nisso! A gente troca muita figurinha", diz.
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PRECONCEITO
Para Dandara Mariana é importante levantar temas como o feminismo e racismo na novela. "Como artista é importante levantar debates e questionamentos sobre o mundo. Foram anos de massacre, injustiça e uma série de coisas em relação aos negros, além, é claro, da questão do feminismo. A gente precisa lutar para que a população negra tenha educação e escolaridade. Nós somos a base da pirâmide e estamos nos trabalhos subalternos. Já sofri preconceito, a gente diariamente enfrenta situações. Qual negro nunca passou por nenhuma? Dentro de shopping, já vi segurança seguindo eu e meu irmão quando éramos menores, por exemplo. Essas coisas a gente carrega para vida e mexe com a autoestima".
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NAMORO
Para os marmanjos de plantão que ficam encantados com a beleza de Dandara, além do talento, é melhor perder as esperanças, porque o coração da atriz já tem dono. "Estou namorado o Alessandro Motta, empresário e chef de cozinha", diz ela.
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'Mais diversão'
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Dandara adianta o que público pode esperar de sua personagem nos próximos capítulos de Verão 90. "Cada vez mais questionamentos e diversão. Acredito que a arte tem essa função de ser política, ela pode ir além de entretenimento. É uma maneira de, como sociedade, pensarmos sobre diferentes assuntos. A arte é transformadora", destaca a atriz, que recebe retorno dos fãs em suas redes sociais. "A troca também tem sido positiva. Muitos vibram com os coiós que a Dandara (Brasil) dá na Mercedes (Totia Meireles)".
'Ele sempre me apoiou'
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O que muita gente não sabe é que Dandara Mariana é filha do ator Romeu Evaristo, que interpretou o Saci, na primeira versão do Sítio do Picapau Amarelo (1977). E Dandara seguiu oas passos do pai na carreira de atriz. "Ele sempre me apoiou, mas ficava preocupado pelas dificuldades da profissão. Coisa de pai (risos)! Uma vez ele foi assistir a uma peça minha e falou: "Você é atriz mesmo!". Foi o dia que ele realizou que a filha era boa nisso! A gente troca muita figurinha", diz.
'Já sofri preconceito'
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Para Dandara Mariana é importante levantar temas como o feminismo e racismo na novela. "Como artista é importante levantar debates e questionamentos sobre o mundo. Foram anos de massacre, injustiça e uma série de coisas em relação aos negros, além, é claro, da questão do feminismo. A gente precisa lutar para que a população negra tenha educação e escolaridade. Nós somos a base da pirâmide e estamos nos trabalhos subalternos. Já sofri preconceito, a gente diariamente enfrenta situações. Qual negro nunca passou por nenhuma? Dentro de shopping já vi segurança seguindo eu e meu irmão quando éramos menores, por exemplo. Essas coisas a gente carrega para vida e mexe com autoestima".