
Uma das pioneiras na arte de ensinar culinária na televisão, Ana Maria lembrou que, quando apresentava o Note e Anote na Record, a cozinha era fictícia.
"Era uma tábua, a geladeira era pintada na parede, os vasinhos pintados. Não tinha móvel, não tinha pia. Eu precisava botar embaixo da tábua um balde com água para, de vez em quando, lavar as mãos. Eu falava "chama os cachorros" para pode lavar a mão. Tinha que dar um jeito... como eu ia explicar que eu sumia?", afirma.
Atualmente, a cozinha de Ana Maria na Globo é de alta tecnologia, com mais de um fogão, pias - no plural mesmo -, um grande balcão e um estúdio que é capaz de transmitir "realities" culinários ao vivo. "O Louro (José) me ajuda muito, é meu alter ego. O que eu não puder falar, ele fala", diz a apresentadora, que observa as mudanças comportamentais dos telespectadores.
"O mundo está em transformação fantástica e as pessoas que veem televisão também mudaram. Antigamente cozinhar era brega. Falar em trabalhar fora de casa era exceção. Falar em defesa e direitos da mulher era meio velado", lembrou.