Miriam nunca participou ou quis participar da luta armada. À época militante do PCdoB, ela atuou em atividades de propaganda. Ela foi presa e torturada, grávida, aos dezenove anos, quando estava detida 38ª batalhão de infantaria, em Vitória.
No auge da ditadura de 1964, em 1963, Miriam denunciou a tortura perante a primeira auditoria da aeronáutica no Rio, enfrentando todos os riscos que isso representava na época. Narrou seu sofrimento aos militares e ao auditor. E esse relato consta nos autos para quem quiser pesquisar. A jornalista foi julgada e absolvida de todas as acusações atribuídas a ela na ditadura. A absolvição se deu em todas as instâncias.
Esses insultos apenas mostram a maior das virtudes de Miriam Leitão como profissional: a independência em relação a governos, sejam de esquerda ou de direita ou de qualquer tipo. A Globo aplaude essa independência e se solidariza com Miriam".