Segundo Túlio, o primeiro ano de adaptação foi difícil para ele e para esposa, mas a pequena Valentina tirou de letra. Logo estava correndo pela casa e aproveitando cada minuto de sua vida. O ‘levar uma vida normal’, ajudou toda família a passar pelos momentos mais difíceis e fez com que a menina vivesse de forma natural.
Período de internação
O procedimento, realizado no Hospital Estadual da Criança (HEC) pelo médico Daniel Furst, utilizou a tecnologia “symes”, que consiste em um módulo de pé de carbono conectado ao calcanhar tendo um grafismo como tema. Segundo o médico do HEC, Daniel Furst, a evolução da paciente Valentina foi excelente.
“Quanto mais jovem é feita a prótese na criança, melhor a adaptação." Ainda de acordo com o especialista, Valentina não tem praticamente nenhuma limitação, bastando ajustes no tamanho que ainda são feito conforme Valentina cresce.
Valentina, que gosta de brincar, pular e andar de bicicleta, se adaptou facilmente a tudo o que aconteceu com ela. Por ter nascido com a má formação, foi mais fácil lidar com as dificuldades do dia a dia. Segundo a neuropsicóloga Adriana Foz convidada, a conversa com os filhos facilita com que eles passem por esses momentos mais complicados.
Disse que a empatia do pai ao tatuar uma falsa prótese na perna também ajuda a menina a se identificar com o mundo exterior e tornar tudo aquilo, que poderia ser muito mais difícil, em uma coisa mais fácil de lidar. Tratar com naturalidade ajuda as crianças ultrapassarem barreiras e lidarem com as dificuldades da vida.
Desde sua segunda prótese, Valentina usa grafismos para decorar. Segunda ela mesma já teve várias estampas diferentes, como ‘Hello Kitty’, ‘Garfield’ e agora as meninas do ‘Monster High’.
A mensagem passada por esse pai, além do amor incondicional pela filha, é de tolerância e aceitação. Isso ajuda não só a pequena Valentina a conviver com os problemas do dia a dia, como auxilia a todos a sua volta a conviverem mais facilmente com as necessidades dela.